No âmbito do Mês Internacional da Biblioteca Escolar elegeu-se como livro do mês a obra de José Luís Borges, intitulada “Ficções”.
A obra reúne os contos publicados por José Luís Borges em 1941 sob o título de O jardim de veredas que se bifurcam e outras dez narrativas com o subtítulo de Artifícios. Discorrendo sobre as bibliotecas, o prazer, os labirintos e a surpresa dos espelhos o leitor penetra no universo fantástico deste escritor argentino e numa homenagem às bibliotecas, aos livros, em suma, à literatura.
Fica aqui uma pequena nota sobre o autor:
Jorge Francisco Isidoro Luis Borges Acevedo nasceu em Buenos Aires, em 24 de agosto de 1899, e faleceu em Genebra, em 14 de junho de 1986.
Antes de falar espanhol, aprendeu com a avó paterna a língua inglesa, idioma em que fez as suas primeiras leituras. Em 1914 foi com a família para a Suíça, onde completou os estudos secundários. Em 1919, nova mudança - agora para a Espanha. Lá, ligou-se ao movimento de vanguarda literária do ultraísmo. De volta à Argentina, publicou três livros de poesia na década de 1920 e, a partir da década seguinte, os contos que lhe dariam fama universal, quase sempre na revista Sur, que também editaria os seus livros de ficção.
Funcionário da Biblioteca Municipal Miguel Cané a partir de 1937, dela foi afastado em 1946 por Perón. Em 1955 seria nomeado diretor da Biblioteca Nacional. Em 1956, quando passou a lecionar literatura inglesa e americana na Universidade de Buenos Aires, os oftalmologistas já o tinham proibido de ler e escrever. Era a cegueira, que se instalava como um lento crepúsculo, porém não o impediu de continuar a dedicar-se à escrita. O reconhecimento internacional começou em 1961, quando recebeu, junto com Samuel Beckett, o Prémio Internacional Formentor das Letras pela obra Ficções.
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