«As bibliotecas são como aeroportos. São lugares de viagem. Entramos numa biblioteca como quem está a ponto de partir . E nada é pequeno quando tem uma biblioteca». As bibliotecas de Valter Hugo Mãe – Jornal de Letras nº 1112, maio de 2013
Agrupamento de Escolas Pioneiros da Aviação Portuguesa - Biblioteca Escolar da Escola Secundária da Amadora.
Com uma antecipação de dois dias procedeu-se no dia 24 de abril à celebração da criação do Agrupamento Pioneiros da Aviação Portuguesa (26.04.2013-26.04.2024). Perfez-se 11 anos de vida em comum das cinco escolas que compõem o AEPAP e desejamos que muitos outros aniversários sejam festejados.
A comemoração na Escola Secundária da Amadora iniciou-se com um momento musical da responsabilidade do grupo coral da EB Roque Gameiro, que cantaram temas dedicados também à celebração dos 50 anos da Revolução de 25 de Abril de 1974: "Somos livres", "A queda do império" e Grândola, Vila Morena".
Após o discurso de saudação foram entregues aos alunos do Ensino Secundário e por anos de escolaridade os prémios do quadro de excelência e de mérito escolar. Seguiu-se um segundo momento musical com a Banda KA7, que apresentou temas como "Os contentores" e "Morena". Coube ao Presidente do Conselho Geral dar por encerrada a sessão.
A comemoração deste aniversário finalizou, como não poderia deixar de ser, com um coletivo "Parabéns a você", cantados na presença de um bolo gigante, ao qual não faltaram as devidas velas acesas e apagadas pelo diretor, o professor Francisco Marques.
Acolhemos no dia 24 de abril, mais de duas centenas de alunos, 16 professores, 5 psicólogos escolares e 1 assistente operacional provenientes de 6 escolas: EB Almeida Garrett, EB José Cardoso Pires, Escola Luís Madureira, EB Miguel Torga, EB Pedro d' Orey da Cunha e EB Roque Gameiro, da qual recebemos 4 turmas, em virtude das restantes turmas já terem visitado a ESA em iniciativas promovidas pelos diferentes departamentos curriculares.
Os alunos percorreram diferentes espaços escolares, através dos quais inteiraram-se das diferentes atividades curriculares desenvolvidas, dos projetos e clubes existentes e participaram em atividades dinamizadas pelos nossos alunos.
No acompanhamento dos visitantes foram envolvidos 15 docentes e 30 alunos que se disponibilizaram a orientar e apoiar os nossos convidados durante a visita aos diferentes espaços e enquanto permaneceram na escola.
As senhas para derrubar a ditadura que perdurou durante 48 anos em Portugal foram dadas por duas canções "E depois do adeus", vencedora do Festival da Canção de 1974 e representante do País no Eurofestival da Canção e "Grândola, Vila Morena", o que evidenciou a estreita ligação em Portugal entre a música e a luta política.
As raízes desta relação datam do século XIX, com destaque para A Portuguesa, que começou por ser um cântico de revolta contra a capitulação da Coroa portuguesa perante as exigências coloniais britânicas tornou-se no hino da República. O chamado "fado operário" era, na mesma época, um género frequentemente interventivo.
Porém, pode-se dizer que o movimento da «canção de protesto» acaba por nascer a partir da evolução de um género específico de fado, o de Coimbra, com os valiosos contributos de uma geração de poetas e músicos revoltados com o ínicio da guerra colonial, com a opressão, a pobreza e isolamento a que era votado o País. José Afonso, Adriano Correia de Oliveira (são os dois grandes impulsionadores do movimento que, a partir da recuperação do fado tradicional coimbrão, agitaram as pautas e criaram sérios embaraços ao decrépito Estado Novo) e o guitarrista Carlos Paredes que com o seu virtuosismo musicou poemas interpretados por grandes vozes.
Simultaneamente jovens portugueses exilados no estrangeiro (Paris)como Luís Cília, José Mário Branco e Sérgio Godinho sentem necessidade de usar a música como arma contra a ditadura.
Com a queda do regime de Salazar e Marcelo Caetano, do fim da censura e do lápis azul, a rádio e televisão portuguesa abriram-se às novas expressões musicais e divulgaram exaustivamente muitos dos temas até então proibidos. A música passou então a ser "um cartão de visita" da Revolução e um manifesto de apoio ao POVO-MFA.
Desses tempos ficaram algumas dezenas de canções algumas inevitavelmente datadas, mas muitas outras bem capazes de resistir à poeira do tempo.
Na curadoria que a seguir se apresenta, longe de estar esgotada, juntam-se algumas das canções emblemáticas do antes, do durante e do depois de Abril, assim como uma nova geração de músicos que denunciam o racismo, a discriminação de género, a guerra, o desemprego, entre tantos outros temas que caracterizam os tempos difíceis que atravessamos.
Nos últimos 50 anos, desde a Revolução dos Cravos, vivenciamos mudanças demográficas significativas, refletindo uma nova configuração social. Observamos uma tendência para um envelhecimento da população, um aumento da esperança de vida, famílias com menos filhos e uma parentalidade mais tardia.
Além disso, Portugal transformou-se de um país predominantemente de emigração, durante a década de 1960, para um destino de imigração, especialmente após a descolonização. Mesmo com a perda de 200 mil habitantes na última década, o número de residentes cresceu.
Estas dinâmicas alteraram substancialmente o perfil dos residentes em território nacional.
Que cenários poderemos antecipar para os próximos anos?
Este minidocumentário convida especialistas em demografia, sociologia e geografia a analisar estes fenómenos. Oferecem uma visão sobre a forma como o 25 de abril em Portugal e outros marcos históricos, moldaram o panorama atual e o que antecipar do desenvolvimento futuro, num país que testemunhou profundas transformações após a Revolução dos Cravos, com impactos significativos na política e na economia portuguesa.
Após 50 anos da Revolução de 25 de Abril de 1974 existe a ideia de que Portugal vive numa permanente crise económica. Não é bem assim. É verdade que o país atravessou sete crises nos últimos cinquenta anos, mas são inegáveis os grandes desenvolvimentos da economia nacional, a começar pelo aumento das qualificações da população e acabando no recorde das exportações, que atingiram 50% do PIB em 2022.
A Fundação Francisco Manuel dos Santos mostra, neste vídeo, as principais características da economia portuguesa em democracia: com um forte peso inicial do Estado, a posterior abertura ao exterior e a estagnação do crescimento económico após a década de 90, quando se pensava que Portugal iria continuar a convergir com os seus parceiros europeus.
Num momento em que é fundamental escolher bem onde investir recursos, alguns dos melhores economistas e gestores portugueses analisam possíveis soluções para fazer crescer a economia, aumentar a produtividade e os salários e, assim, reter talento em Portugal. Um desafio preponderante para os próximos 50 anos da nossa democracia, refletindo sobre o crescimento da economia em Portugal e as mudanças económicas desde a Revolução dos Cravos.
No Estado Novo, as mulheres não podiam sair do país sem autorização do marido. Não podiam ser magistradas, nem diplomatas, nem militar ou polícia. Nem tão pouco enfermeiras se fossem casadas. Para trabalhar no comércio, abrir conta bancária ou tomar contracetivos, a mulher era obrigada a pedir autorização ao marido.
Se a ditadura era limitativa para todos, para as mulheres, em particular, reduzi-as à condição de mães e donas de casa: a mulher existia para ser a mãe extremosa, a esposa dedicada, uma verdadeira fada do lar. Desde pequenina que era treinada para ser assim, submissa ao poder patriarcal do pai, do irmão e, mais tarde, do marido. O único futuro que podia ambicionar era o de fazer um bom casamento que garantisse o sustento da família, que, custasse o que custasse, tinha de se manter unida, estável e forte; uma metáfora do próprio regime. Oliveira Salazar não permitia que a ordem social fosse questionada, todos os assomos de feminismo iam sendo silenciados. Até ao dia que as mentalidades começaram a evoluir. A industrialização levou a mulher para fora de casa mas, a verdade, é que um contrato de trabalho valia menos do que um contrato nupcial e ganhava quase metade do salário pago aos homens.
A Revolução de 25 de abril de 74 trouxe promessas de igualdade de género em Portugal. As mulheres passaram a ser livres para fazer as suas escolhas e desafiaram as regras. Passaram a estar em maioria na universidade, tornaram-se governantes, juízas, a contar com direitos sexuais e reprodutivos que lhes deram o poder de decidir as suas vidas.
Contudo, a paridade ainda é uma realidade distante. As mulheres continuam a ganhar menos do que os homens pelo mesmo trabalho, estão menos representadas no Parlamento e na administração de grandes empresas e também em profissões ligadas à ciência e à tecnologia. Trabalham mais horas, principalmente nas tarefas domésticas e de prestação de cuidados à família.
Através do testemunho de mulheres (e também de alguns homens) que lutaram pela promoção da igualdade de género, o documentário, produzido pela Fundação Francisco Manuel dos Santos, acompanha as maiores conquistas feitas no feminino ao longo das últimas cinco décadas, enquanto apresenta os desafios e as maiores urgências para alcançar a desejada igualdade. Desde a conquista do voto feminino por Carolina Beatriz Ângelo até os esforços atuais para combater a segregação de género e a disparidade salarial, e fomentar a literacia digital e a presença das mulheres no mundo do trabalho.
Das licenças de parentalidade ao diferencial remuneratório, das quotas de género à violência doméstica, os temas que mais importam ao empoderamento das mulheres são abordados por artistas, ativistas, empresárias e ex-governantes, figuras destacadas nas conquistas em prol de um maior equilíbrio de género.
Um regime democrático nasceu a 25 de Abril de 1974 e com ele muitas conquistas como o fim da censura, os direitos civis e a entrada na União Europeia, são alguns exemplos.
demorou décadas a amadurecer e ainda é um processo inacabado. Uma democracia de muitas conquistas como o fim da censura, os direitos civis e a entrada na União Europeia são alguns exemplos.
Uma democracia que ainda é um processo inacabado, mas que se foi consolidando sabendo superar períodos de intensa crispação política - como o PREC - e, mais recentemente, suportando o aparecimento dos populismos.
Uma democracia que, contudo, ainda enfrenta muitos desafios: uma abstenção eleitoral que tem aumentado, um desencanto provocado pelas suspeitas de corrupção na política e uma fraca participação cívica revelada por vários indicadores.
Estará a democracia em Portugal em crise?
E, caso esteja, o que pode ser feito para a melhorar?
O documentário de 23 minutos produzido pela Fundação Francisco Manuel dos Santos centra-se não apenas no último meio século da democracia portuguesa, mas também no que falta para a tornar mais forte e rejuvenescida. Um regime participativo em que os jovens sintam que têm voz e que vale a pena sair de casa em dia de votação, realçando a importância do voto e do voto dos jovens portugueses para a consolidação democrática de Portugal.
O Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor assinala-se, anualmente, a 23 de abril. Este dia foi proclamado na 28.ª Conferência Geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), em 1995.
O propósito deste dia é encorajar a leitura e promover a proteção dos direitos de autor, ameaçados, cada vez mais, pela cópia e utilização indevida de obras com vista ao desenvolvimento das ferramentas de inteligência artificial. Destaca-se ainda a importância dos livros enquanto elemento basilar da educação e do progresso de uma sociedade.
Esta data foi escolhida com base na lenda de São Jorge e o Dragão, adaptada para honrar a velha tradição catalã segundo a qual, neste dia, os cavaleiros oferecem às suas damas uma rosa vermelha de São Jorge (Sant Jordi) e recebem, em troca, um livro, testemunho das aventuras do heroico cavaleiro. Neste dia é, também, prestada homenagem à obra de grandes escritores, como Shakespeare, Cervantes e Inca Garcilaso de la Vega, falecidos em 1616, exatamente em abril.
A Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB) assinala este dia através do cartaz concebido por Luís Mendonça, que simultaneamente presta homenagem ao poeta Luís de Camões, no ano em que se assinala os 500 anos do seu nascimento (1524-2024).
É já na próxima quarta-feira, dia 24 de abril, que a Escola Secundária da Amadora organiza, mais uma vez, o Dia da Escola Aberta, para o qual foram convidados os alunos de 9.º ano de outras Escolas / Agrupamentos do Concelho da Amadora, que não integram o Ensino Secundário, assim como os seus professores e psicólogos escolares.
Com esta iniciativa, a Escola Secundária da Amadora pretende divulgar a sua oferta formativa a ser ministrada no próximo ano letivo e dar a conhecer, in loco, a escola e as atividades que nela se desenvolvem e, simultaneamente, proporcionar um primeiro contacto com o ambiente de trabalho e de aprendizagem que aqui se vive.
Para esse efeito foi programada uma receção aos visitantes, a realização de visitas guiadas a diferentes espaços educativos, nomeadamente salas de aula, laboratórios, auditório, biblioteca, entre outros.
Contamos este ano com as seguintes visitas programadas:
10H00-11H30 - Turma 9.º 02 da EB Roque Gameiro;
11H40-13H10 - 2 turmas do Colégio Luís Madureira e 3 turmas da EB Roque Gameiro (9.º 01, 9.º 03, 9.º 08);
14H05-15H45 - 4 turmas da EB José Cardoso Lopes;
15H00-16H30 - Grupos de alunos de três escolas: EB Almeida Garrett, EB Miguel Torga e EB Pedro d'Orey da Cunha.
Porém, a Escola mantém a porta aberta a todos os alunos do 9.º ano que quiserem conhecer o nosso trabalho, desde que acompanhados por um adulto.
A partir das 10H00 visite-nos ... aceite o nosso convite!
O Dia Mundial da Terra é, anualmente, comemorado a 22 de abril. Esta comemoração visa reconhecer a importância do planeta e alertar para a importância e a necessidade de preservar os recursos naturais do mundo, tendo como tema em 2024 - Planeta versus Plásticos.
Celebra-se em mais de 190 países, manifestando o seu compromisso com a proteção e a necessidade de preservar os recursos naturais, o ambiente e a sustentabilidade da Terra.
Para este dia, a Earthday.org tem como compromisso reduzir a utilização dos plásticos em prol da saúde humana e planetária, exigindo uma redução de 60% na produção de todos os plásticos até 2040. Agora no seu 54.º ano comemorativo, o Dia Mundial da Terra sublinha a nossa responsabilidade colectiva de salvaguardar o ambiente e o nosso próprio futuro.
As comemorações do Dia Mundial da Terra tiveram lugar, pela primeira vez, nos Estados Unidos, no dia 22 de abril de 1970, tendo sido promovidas pelo senador americano Gaylord Nelson (1916-2005) que organizou um fórum ambiental, envolvendo cerca de 20 milhões de participantes.
#DizAbril com uma canção
#25deabril #50x2 #50xTodos
"A madrugada que eu esperava"
[Verso 1]
Oiço na rua "Revolução"
Soldados de espingarda e cravo na mão
Oiço na rua "Liberdade"
Morte à ditadura na flor da idade
Mas não sangram as ruas da nossa cidade
Nem se ouve um canhão
A renascer das cinzas eles estão
Um pé depois do outro a bater no chão
25 de abril de 74
Morte à censura, viva à liberdade
Que a noite foi escura e estamos cansados deste plantão
Quando a esmola é grande o pobre desconfia
Não acabe a primavera por morrer uma andorinha
Não quer ser lobo, não lhe vista a pеle
Um pássaro a voar, mais vale
Não quer sеr lobo, não lhe vista a pele
Um pássaro a voar, mais vale
[Refrão]
Esta é a madrugada que eu esperava
Sim, esta é a madrugada que eu esperava
Esta é a madrugada que eu esperava
Sim, esta é a madrugada que eu esperava
[Verso 2]
Saem para a rua em manifestação
O povo é a voz da nação
Viva à democracia, às eleições livres
Viva ao fim da guerra, aos finais felizes
Viva ao amor que beija as cicatrizes
É o fim da servidão
Viva a mulher e a igualdade
Viva ao futuro, que o povo é que sabe
O lápis azul já não pinta a verdade
Começa a revolução
A morte é boa conselheira
Mas nasceu torto, tarde ou nunca se endireita
O que arde cura, o que aperta segura
Mas não há fome que não dê fartura
Até as rãs mordiam se tivessem dentes
Gato escaldado não tem medo para sempre
Até as rãs mordiam se tivessem dentes
Gato escaldado não tem medo para sempre
[Refrão]
Esta é a madrugada que eu esperava
Sim, esta é a madrugada que eu esperava
Esta é a madrugada que eu esperava
Sim, esta é a madrugada que eu esperava
[Verso 3]
Uma desgraça nunca vem só
Mas quem ri por último ri melhor
48 voltas ao sol
Morre pela boca o peixe preso no anzol
E mais vale só que mal acompanhado
Mente vazia, oficina do diabo
Não há mal que sempre dure nem bem que não se acabe
Mas quem planta ventos colhe sempre tempestades
[Coro]
E fascismo nunca mais
(Fascismo nunca mais!)
Fascismo nunca mais
(Fascismo nunca mais!)
Fascismo nunca mais
(Fascismo nunca mais!)
Fascismo nunca mais
#DizAbril com uma canção
#25deabril #50x2 #50xTodos
“Por Nos Darem Tanto”
Já não preciso de autorização para viajar
Passaporte já não diz que a casa é o meu lugar
E posso abrir todas as contas que’o meu salário der
Se houver dinheiro não importa
se sou homem ou mulher
E o contraceptivo já não pede a sua a licença
Nascer mulher é uma bênção, não uma sentença
E só vou dormir com quem quiser, e se me der vontade
A maior empresa que há na vida é a liberdade
E eu não quero a tua proteção, quero o teu respeito
Quero fazer junto lado a lado, e fazer bem feito
E a quem perdeu, a quem lutou, a quem rasgou o manto
Vai um abraço infinito por nos darem tanto
Já não preciso de autorização pra me levantar
E gosto ainda mais do meu domingo quando vou votar
Já não vou à missa nem confesso, que pequei de mais
É que eu vim cheia de sonhos, e os sonhos são arsenais
E eu não quero a tua proteção, quero o teu respeito
Quero fazer junto lado a lado, e fazer bem feito
E a quem perdeu, a quem lutou, a quem rasgou o manto
Vai um abraço infinito por nos darem tanto
As ilustrações foram elaboradas pelos alunos da Escola Secundária D. Pedro V, do Agrupamento de Escolas das Laranjeiras, em Lisboa. Alguns dos conceitos foram enriquecidos com sugestões (Saber mais…) selecionadas a partir do conjunto de recursos educativos digitais alusivos ao tema.
Os conceitos apresentados desempenham um papel crucial na compreensão dos eventos históricos que moldaram não apenas o cenário político, mas também o tecido social e cultural de Portugal. Da ação dos Capitães de Abril à abolição da censura e à conquista da liberdade de expressão, passando pela descolonização e pela luta contra o autoritarismo, cada termo remete-nos para uma época de intensa efervescência política e social, marcada pela emergência de um novo paradigma democrático.
Ao abordar temas como a guerra colonial, a nacionalização da banca, a reforma agrária e a descentralização do poder, este glossário não só nos elucida sobre os desafios enfrentados, mas também destaca as conquistas alcançadas durante este período de transição histórica. Por conseguinte, oferece uma visão abrangente e esclarecedora dos acontecimentos e ideias que moldaram a Revolução de Abril e o processo de democratização que se seguiu, celebrando assim o seu legado e a consolidação dos valores democráticos em Portugal.
A campanha #NãoPodias, promovida pela Comissão Comemorativa dos 50 Anos do 25 de Abril, mostra aos jovens de hoje que, durante os 48 anos que durou a ditadura (1926-1974) os portugueses viveram condicionados por uma longa lista de proibições que hoje, sobretudo aos olhos de quem nasceu em Liberdade, parecem inconcebíveis: era proibido debater ideias, discordar, reunir-se, beijar em locais públicos, votar, viajar sem o consentimento do pai ou do marido.
No intuito de sensibilizar os mais jovens para as conquistas da Revolução dos Cravos a comissão comemorativa dos 50 anos da revolução a desafia-os a escolher uma coisa que #NaoPodias fazer antes de 25 de Abril e a partilhar nas redes sociais.
Escreve, filma, fotografa e usa #NãoPodias e #50anos25deAbril.
Identifica a Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril.
No ano em que se assinalam os 50 anos do momento fundador da democracia portuguesa, a Campanha #DizAbril convida todos a celebrarem nas redes sociais meio século de liberdade de expressão e de pensamento com poemas, canções, imagens ou palavras de ordem.
Nesta comemoração, damos à palavra Abril um significado amplo, para a transformar em liberdade de expressão, e em expressão da festa.
A Biblioteca da ESA aderiu à campanha da Comissão Comemorativa 50 Anos 25 de Abril | 50x2 | Liberdade e Democracia - #DizAbril com um poema, uma imagem, uma canção ou uma palavra de ordem.
Como participar
Para participar, escolhe o teu formato – um poema, uma canção, uma imagem ou palavras de ordem – e descarrega a moldura respetiva.
Elegemos no mês em que se celebra o quinquagésimo aniversário da Revolução de 25 de Abril de 1974 um livro que evoca esse momento histórico único e repleto de esperança, recriando também o que foi a ilusão revolucionária, a desilusão de muitos dos participantes e o árduo caminho para uma Democracia. Trata-se de "Os memoráveis : o romance", de Lídia Jorge.
Sobre a autora:
Romancista, contista e autora de uma peça de teatro, Lídia Guerreiro Jorge nasceu em 1946, no Algarve. Licenciada em Filologia Românica, foi professora liceal em Lisboa e em África onde viveu os anos mais conturbados da Guerra Colonial. Foi membro da Alta Autoridade para a Comunicação Social.
Na sua obra é uma preocupação central o tema da mulher e da sua solidão como, por exemplo, em Notícia da Cidade Silvestre (1984) e A costa dos murmúrios (1988). O dia dos prodigíos (1979), outro romance de relevo, encerra uma grande capacidade inventiva, retratando o marasmo e a desadaptação de uma pequena aldeia algarvia. O vento assobiando nas gruas (2002) é mais um romance da autora e aborda a relação entre uma mulher branca com um homem africano e o seu comportamento perante uma sociedade de contrastes. Em 2022, a escritora publicou Misericórdia, uma reflexão sobre a humanidade e uma homenagem à sua mãe, Maria dos Remédios, falecida durante a pandemia de Covid-19.
Os seus livros têm-lhe merecido variadíssimos prémios e estão traduzidos para diversas línguas.
No mês da celebração do 50.º aniversário da Revolução de 25 de Abril de 1974 elegemos o livro Quando os lobos uivam, de Aquilino Ribeiro.
Publicado em 1958 foi alvo de Relatório da Censura (relatório n.º 6 282, de 7 de fevereiro de 1959). Não foi autorizada a reedição da obra, foi dada ordem de apreensão aos exemplares publicados e em circulação, e, simultaneamente, foram impedidas as críticas na imprensa. A obra valeu, também, ao autor a instauração de um processo-crime e do mandato de captura.
Relatório n.º 6 282 de 7 fev. 1959:
«O autor intitula este livro de romance, mas com mais propriedade deveria chamar-lhe de romance panfletário, porque todo ele foi arquitectado para fazer um odioso ataque à actual situação política.
Escrito numa prosa viril, classifica o governo de piratas e descreve várias Autoridades, Funcionários, Polícia, Guarda Republicana e Tribunais em termos indignos e insultuosos.
Um interrogatório num posto da G.N.R. e uma audiência dum Tribunal Plenário, são focados de uma forma infamantes.
São desnecessárias mais citações, porque basta folhear o livro, encontra-se logo matéria censurável em profusão.
É evidente que, se o original tivesse sido submetido a censura prévia, não teria sido autorizado, porque é, talvez, a obra de maior ataque político que ultimamente tenho lido.
Sucede, porém, estou disso certo, que já devem ter sido vendidos muitas centenas de exemplares, e muitos outros também, já devem ter passado a fronteira, por isso, deixo ao esclarecido critério de V. Exa., decidir se nesta altura, será de boa política mandar apreender o livro (...)»
Título:
Quando os lobos uivam
Autor:
Aquilino Ribeiro
Coleção:
Romances completos de Aquilino Ribeiro, n.º 17
Publicação:
Lisboa : Círculo de Leitores, imp. 1984
A Livraria Snob inaugura em Maio um ciclo de conferências, sempre às 4.ªs feiras, das 21h às 23h. Esta primeira parte do ciclo será com a snob Rosa Azevedo mas a partir de Setembro contam ter convidados a falar dos mais diversos temas.
As inscrições podem ser efetuadas na livraria ou a partir do email formacaosnob@gmail.com.
A participação nas conferências podem ser presencial, zoom ou diferido e sujeitas a pagamento:
1 dia - 15€ / 5 dias - 60€ / 10 - dias 100€
PROGRAMAÇÃO:
8 de Maio
Surrealismo português
15 de Maio
A edição em Portugal no séc XXI
22 de Maio
A literatura contemporânea portuguesa, desde 1980
29 de Maio
As causas femininas do pós-25 de Abril
5 de Junho
Novas Cartas Portuguesas, o momento transgressor
12 de Junho
As mulheres escritoras e os anos 50 - a década da revolução literária
19 de Junho
O lado B da literatura portuguesa do séc XX - prosa
26 de Junho
O lado B da literatura portuguesa do séc XX - poesia
3 de Julho
A literatura hispano-americana - origens e contextos
10 de Julho
As irmãs Brontë
LOCAL:
Livraria Snob, Travessa de Santa Quitéria 32A, Lisboa
No momento em que se celebra os 50 anos do 25 de Abril, O Museu do Aljube Resistência e Liberdade inaugura a exposição "25 de Abril SEMPRE!" com vista a quem a visita refletir sobre as conquista da Revolução de 25 de Abril de 1974.
O antigo Parlatório da Cadeia do Aljube em Lisboa, local que serviu para o encontro dos prisioneiros com as visitas do exterior, sempre divididos por uma separação, foi o espaço escolhido para alojar esta exposição temporária, que convida a uma reflexão sobre resistências,
e também sobre preservação, construção e partilha de memória democrática.
A inuaguração está prevista para as 16H00 do dia 4 de abril.