terça-feira, 26 de julho de 2022

Boas férias!

[via Pinterest]

Após um ano tão trabalhoso desejo a todos umas ótimas e revigorantes férias.

Bom verão!

Bom descanso e aproveitem ao máximo para... "vogar" na leitura!!!

Até Setembro.

segunda-feira, 25 de julho de 2022

PNL | Livros recomendados - 1.º semestre de 2022


Pssst...! Venham cá todos!
Livros PNL - 1.º semestre 2022

Os livros recomendados pelo PNL2027 respeitantes ao 1.º semestre de 2022 já se encontram no Catálogo PNL. As sugestões de leitura incluem, como habitualmente, temas variados e destinam-se a todos os públicos - crianças, jovens e adultos.

Conheça os novos Livros PNL, descubra as novidades editoriais e faça de cada livro um amigo.

Pssst…! Venham cá todos! é o mote para aproximar os que leem e os que dão a ler. Juntos faremos do livro e da leitura uma prioridade e um prazer insaciável.

Nas recomendações do 1.º semestre de 2022 descubra, entre outros:



Consulte o catálogo para ficar a conhecer os restantes livros indicados. Para tal, selecione "1.º semestre - 2022" no filtro "Recomendados em", de seguida clique no sinal +.

sábado, 23 de julho de 2022

Chasing Space | Conversa com astronauta e perito em asteroides


Como será passear no Espaço e liderar uma missão a bordo de um vaivém espacial? 

O que nos dizem os asteroides e meteoritos sobre a origem da água na Terra? 

Qual o futuro da exploração espacial?


Quer saber as respostas a estas perguntas e a muitas outras que possa ter sobre a vida de uma astronauta e de um perito em asteroides e cometas? 


Venha ao auditório José Mariano Gago do Pavilhão do Conhecimento no próximo dia 29 de Julho às 15h00 assistir à sessão ‘Chasing Space’ e conheça os palestrantes Heidemarie Stefanyshyn-Piper e Humberto Campins!

A sessão será PRESENCIAL, falada em INGLÊS e é aberta ao público, mediante inscrição obrigatória.

sexta-feira, 22 de julho de 2022

18 livros para ler à sombra



  • 1. Prosa, de Eugénio de Andrade -ed. Assírio & Alvim
É dos nossos poetas mais conhecidos e, em vida, foi dos mais consagrados. Se quiséssemos usar de forma imprópria um conhecido conceito de Susan Sontag, poderíamos dizer que a poesia de Eugénio é camp: tudo ali é tão kitsch e de tão mau-gosto que é impossível não gostar do desfilar de corpos esbeltos masculinos. A prosa, que já tinha sido editada mas que surge agora na Assírio&Alvim, mostra os interesses de Eugénio de Andrade pelas outras artes: a pintura, a escultura, pouco cinema, é certo, e, claro, a música, mais objeto de louvor incessante do que de análise e colocada no centro do labor poético. 
(João Oliveira Duarte)

  • 2. Levantado do Chão, de José Saramago - ed. Porto Editora
Uma boa forma de comemorar o centenário de Saramago é voltar a um dos seus momentos maiores, Levantado do Chão. Publicado em 1980, tem uma dimensão realista que hoje já nos é vagamente anacrónica – o latifúndio desapareceu, a opressão agora passa por outras formas, mais ou menos brutais, consoante o ponto de vista. Em todo o caso, o texto introdutório chega para o transformar num monumento da língua portuguesa: “E esta outra gente quem é, solta e miúda, que veio com a terra, embora não registada na escritura, almas mortas, ou ainda vivas? A sabedoria de Deus, amados filhos, é infinita: aí está a terra e quem a há de trabalhar, crescei e multiplicai-vos. Crescei e multiplicai-me, diz o latifúndio.” (João Oliveira Duarte)

  • 3. O Tempo dos Mágicos, a grande década da filosofia (1919-1929), de Wolfram Eilenberger - Ed. 70
É um livro histórico e, como tal, não pretende mais do que cartografar a vida e a obra de grandes nomes da filosofia, Wittgenstein, Walter Benjamin, Heidegger e Ernst Cassirer. De todos estes, o último é o menos conhecido em Portugal, não tendo nada traduzido até ao momento, apesar de figura central de um importante movimento filosófico e das relações com a biblioteca do historiador Abby Warburg. O Tempo dos Mágicos tem aquilo que se pede a este género de livros: clareza discursiva e clareza conceptual (aliada ao rigor). Há um conhecido episódio que Eilenberger retrata e que mostra uma das clivagens fundamentais da época, a disputa em Davos entre Heidegger e Cassirer em torno de Kant. De um lado, o herdeiro da tradição iluminista, do outro, o futuro reitor da Universidade de Freiburg na Alemanha Nazi. 
(João Oliveira Duarte)

  • 4. Diários de Viagens, de Walter Benjamin - ed. Assírio & Alvim
Há aqueles seres cujo destino parece ter sido desde o início marcado a fogo, submetido a uma qualquer fatalidade inescapável, como se fôssemos meros joguetes nas mãos de um pequeno deus sádico. Walter Benjamin foi um desses seres em que a falta de sorte o foi encaminhando, pouco a pouco, até à derrota final em Portbou. Diários de Viagem dá conta da deriva nada romântica de Benjamin pela Europa, deriva tantas vezes imposta por condições exteriores extremas – a falta de dinheiro, a fuga à fome. Permite ver que as relações entre escrita e vida não são nem de exclusão mútua, nem de subsunção de uma à outra, mas de um entrelaçamento com fronteiras frágeis e porosas. Para completar, e para termos acesso a praticamente toda a obra fundamental de Benjamin, falta a edição da correspondência. 
(João Oliveira Duarte)

  • 5. Espólio em Vida, de Robert Musil - ed. Narrativa
Foi reedita há pouco tempo um pequeno conjunto de textos, que passou relativamente despercebido, de um autor maior da modernidade que tem tido alguma fortuna editorial em Portugal – já tínhamos o monumental O Homem sem Qualidades, As Perturbações do Pupilo Törless e A Portuguesa e Outras Novelas. Com tradução de António Sousa Ribeiro, que faz parte de um conjunto de tradutores do alemão que nos tem dado verdadeiras preciosidades antigamente impensáveis, Espólio em Vida reúne vários textos pequenos de Musil, que vão de pequenos contos a observações sobre o kitsch, e que foram escritos enquanto Musil preparava o seu monumento literário. 
(João Oliveira Duarte)

  • 6. Breakfast at Tiffany’s (Boneca de Luxo), de Truman Capote - ed. Dom Quixote
Não há como assistir a uma dança destas para perceber quão díficil é chegar a esta precisão, aparentemente imaculada de qualquer esforço. A cronometragem dos passos, nenhuma dobradiça à mostra, as costuras todas por dentro, onde ninguém, senão o autor, as vê. Uma fluência de eriçar os cabelos na nuca, de pôr qualquer paisano a espumar da boca. Personagens perfeitas, um talento dulcíssimo para marcar as figuras físicas, uma expressão do nariz, um falejar que parece não querer chegar a lado nenhum mas chega aos sítios certos (domar um diálogo não é para meninos).

Um sentido quase divino para mensurar as distâncias entre personagens, narrador e leitor e o ouvido infalível para perceber o exacto tempo em que se introduz uma imagem, um novo interveniente ou a cesura necessária à economia narrativa. Avalia-se o estado de graça do autor em Breakfast at Tiffany’s, provavelmente irrepetível, quando se lê os restantes contos deste volume: são muito bons, mas não são geniais. Breakfast at Tiffanys’s é prova de uma intervenção divina. 
(Paulo Bugalho)

  • 7. Dom Casmurro, de Machado de Assis - ed. Bis
Às vezes um leitor empenhado mas mediano, dá-se com o espanto avassalador de um clássico, e porque não fazer notícia dele, tirá-lo do óbvio e chamá-lo de novidade, essa novidade que é sempre quando alguém pela primeira vez o abre, e treme e diz: então era isto, tinham razão os que falavam dele alto e com toda aquela comoção. Porque o clássico não enternece o tempo, ele cavalga gerações, quase humilha o presente. Dom Casmurro é a adolescência ao quadrado, cheia de subtileza, reescrita com um sabor de quem envelheceu e voltou, uma magistral e nostálgica singeleza.

As frases às cavalitas umas das outras, dispondo um recreio mágico nesta língua. Coisas simples, afinal, mas alinhadas sobre uma capacidade de aproveitamento tal da vida, um somatório das suas alegrias mais breves, que, em poucas páginas, nos sentimos soterrados pelo encanto de umas também poucas personagens com as suas vidas casuais, dilemas ordinários, mas uma tão profunda, meiga e deleitosa inteligência soprando com tal perícia para o furo sensível onde nos sentimos humanos que esta se torna a história completa dos nossos afectos. 
(Diogo Vaz Pinto) 

  • 8. Histórias Alegres, de Carlo Collodi - ed. E-Primatur
Um livro para todas as idades, este do autor de Pinóquio. São oito contos originalmente publicados entre 1883 e 1887. Provocam-nos, dão-nos a dimensão dos nossos ridículos quotidianos, estendem-nos doutas lições, servem-nos a ironia, aos goles, divertem-nos. (Teresa Carvalho) 

  • 9. Annette, Epopeia de uma Heroína, de Anne Weber; trad. de Helena Topa - ed. Dom Quixote
Um livro que vem provar que o vetusto género literário não é coisa morta. E que a biografia tem muitas declinações. Uma epopeia biográfica – em verso livre – com língua de perguntador e ouvidos moucos à voz da verdade. As respostas escasseiam, tal como os heróis; deuses e musas ausentaram-se.

Nascida em 1923, na Bretanha, criada num meio humilde, Anne Beaumanoir foi, desde muito jovem, membro da Resistência comunista francesa e salvou dos ocupantes nazis dois adolescentes judeus, tendo sido premiada com a distinção Justos entre as Nações, instituída pelo Memorial do Holocausto Yad Vashem. Depois da Segunda Guerra Mundial, exerceu a especialidade de neurofisiologia em Marselha. Em 1959, foi condenada a uma pena de dez anos de prisão por se ter envolvido no movimento de luta pela independência da Argélia. Só morreria a 4 de março de 2022, com 98 anos, e, até ao fim, deu testemunho vivo, em muitas escolas, da importância da desobediência. 
(Teresa Carvalho) 

  • 10. Além da Literatura, de João Bigotte Chorão - ed. Quetzal
João Bigotte Chorão (1933-2019) foi um crítico e ensaísta literário maravilhoso nas suas sucintas e incisivas anotações, compondo textos que ficam a meio caminho entre a crónica e o ensaio, em divagações sempre com a trela tensa, relevando aspetos curiosíssimos, abordando um rol mais ou menos limitado de autores, aqueles que obtinham o seu favor enquanto leitor apaixonado. Isto permitia-lhe fazer uma abordagem ao mesmo tempo informada e bastante pessoal dos autores, compondo retratos abrangentes, sem nos aborrecer, como é costume nos ditos textos de crítica.

Assim, num livro como Além da Literatura, este insigne camilianista compõe sempre quadros em que as obras ajudam a traçar o perfil dos autores (não fosse, de resto, Bigotte Chorão, um estudioso da literatura autobiográfica), sem deixar de assumir uma postura distanciada face às tentações de se criar modas. Como ele refere, “porque há muitos apressados e improvisados romancistas, é que vemos aí o mais complexo dos géneros literários em mãos a que não foi concedido o dom de recriar um mundo, que parece mais real que o nosso mundo”. 
(Diogo Vaz Pinto) 

  • 11. Interpretação do Tango, de Ramón Gómez de la Serna - ed. VS
Após a sua invenção na Alemanha para acompanhar as cerimónias religiosas, o bandoneon saiu de um navio em Buenos Aires para entrar e ficar nas liturgias noturnas do tango em tabernas e cabarés, como nos é dito num excelente prólogo de Rafael Flores Montenegro a esta edição de Interpretação do Tango, de Ramón Gómez de la Serna, que se instalou na capital argentina e ali veio a interessar-se pelas formas peculiares da cultura rio-platense, declarando a sua paixão acima pelo tango.

Eis uma entre inúmeras das prodigiosas sentenças esta forma de arte e expressão popular lhe inspiraram: “Há no tango a tristeza dos elétricos cheios de proletários emigrantes, esses elétricos que caem inteiros a um rio e cuja maior catástrofe é o naufrágio de todos aqueles que queriam ser ricos para voltarem nababos às suas aldeias.” Num outro momento diz-nos que se “outras músicas são tocadas para que as feridas se fechem, o tango toca e canta para que se abram, para que continuem abertas, para as recordar, para nelas pôr o dedo e as abrir obliquamente”.

  • 12. K Como Kolónia Kafka e a descolonização do imaginário, de Marie-José Mondzain - ed. Orfeu Negro
Uma das mais conhecidas pensadoras francesas da atualidade, Marie-José Mondzain tem trabalhado acima de tudo os problemas que se relacionam com a imagem e com o imaginário. Depois de A imagem pode matar? e, também com tradução de Luís Lima, Homo Spectator – os dois únicos livros traduzidos em Portugal – chega agora K como Kolónia.

Trata-se de uma intensa leitura de um pequeno texto de Kafka – Na Colónia Penal, o que encontramos neste livro é um Kafka negro, também ele um africano habitante dessa colónia penal que imagina, e uma das dimensões interessantes do texto de Mondzain é a forma como transforma o texto de Kafka numa espécie de estrutura, de tempo concentrado, que permite interrogar o racismo, tanto aquele que funcionou durante vários séculos como, igualmente, as suas sobrevivências e declinações contemporâneas. Porque o colonialismo, parece dizer-nos Mondzain, não acabou. 
(João Oliveira Duarte)

  • 13. I Vol. das Obras Completas de Maria Ondina Braga : estátua de sal, passagem do Cabo, vidas vencidas, Maria Ondina Braga - Imprensa Nacional-Casa da Moeda
Eis o 1.º de 7 vols. previstos de uma Obra há muito esgotada no mercado editorial português. É dedicado às autobiografias ficcionais de Ondina, um nome admirável e pouco lembrado cuja existência literária há muito se tinha confinado aos territórios da especialidade. Fora deles, ora ilustrava a tradição do imaginário asiático na nossa literatura, ora surgia chegado à hedionda etiqueta da escrita feminina, tão redutora que mal lhe cola. 
(Teresa Carvalho) 

  • 14. Olho da Rua, de Dulce Garcia - ed. Companhia das Letras
Razão tinha Rilke quando nos disse que há entre as coisas e os animais um numeroso acontecer. Uma inovadora estratégia japonesa de despedimento é a corneta de uma batalha crua e ingrata, cheia de golpes de manga, lances crapulosos, trunfos improváveis. E há, como a Coruja, quem não faça barulho. O romance, de uma lucidez feroz, acerta em cheio na passarada urbana. 
(Teresa Carvalho) 

  • 15. O Colibri, de Sandro Veronesi - ed. Quetzal
Estas 324 páginas, versadas em assuntos desse complexo comboio de corda chamado coração, rompem com a ideia da previsibilidade que tantas vezes nos faz desapetecer o género romance, quebram o fio narrativo das tradicionais sagas familiares. Afundam-nos e levantam-nos.

Eis a sinopse: “Marco Carrera é um oftalmologista com uma vida boa e organizada – até que lhe entra pelo consultório um desconhecido, que sabe tudo sobre o seu passado e o avisa de que corre perigo. Além disso, diz-lhe que a sua mulher está a ter um caso extraconjugal e vai ter um filho que não é dele.

Estas revelações desencadeiam um longo fluxo de recordações: da infância e juventude, da família, da primeira mulher na vida dele, de um certo amigo, da irmã mais velha que morreu afogada.” 
(Teresa Carvalho) 

  • 16. Figuras numa Paisagem, de Paul Theroux - ed. Quetzal
Fecundo mas não torrencial nem desmazelado, Paul Theroux é um desses escritores habituados a transportar o leitor, andar com ele às costas, pelos lugares mais inóspitos, e desta formidável recolha de ensaios e artigos publicados ao longo dos anos não estão ausentes as derivas geográficas pelas quais é mais conhecido, mas destacam-se as páginas de crítica literária e de ensaio, debruçando-se nas obras de autores que admira mais e menos, e que lhe servem para mostrar o alcance e a verve do seu estilo desabusado e contagiante, como fica claro desde o primeiro parágrafo da introdução:

“Se não suporto ficar a ouvir a vaidade raivosa de outros escritores a falar da sua obra por abstrações, porque faço eu o mesmo? Sinto-me melhor a ver pessoas a escreverem boa ficção sem matutar no modo como o fazem. Quando os escritores se queixam do que se sofre a escrever fazendo alarde da sua dor, qualquer pateta vê bem que é conversa fiada. Em comparação com um emprego a sério, como nas minas de carvão, ou a colher ananases, ou a apagar fogos florestais, ou a servir à mesas, escrever é o paraíso.” (Diogo Vaz Pinto) 

  • 17. Meditações sobre o escorpião e outras prosas, de Sergio Solmi - ed. Barco Bêbado
Uma das mais espantosas descobertas oferecidas pela edição independente, este ano, aos leitores mais atentos terá de ser este livro do poeta e crítico italiano Sergio Solmi, no qual se reúnem uma série de breves ensaios ou apontamentos com um fulgor poético estranho a quase tudo aquilo que se vai editando entre nós, e que se situam naquela zona incerta e que faz tremer todas as certezas quanto aos géneros.

Com tradução de Ana Cláudia Santos, tratam-se de meditações extraordinárias, que têm em comum o fascínio de uma expressão firme, cinzelada como só os melhores versos, seguindo uma razão que escapa às armadilhas dos lugares-comuns e nos encaminha para as regiões onde o pensamento se move prenhe de imaginação, capaz de estabelecer definições e fronteiras muitíssimo produtivas, deixando claro a enorme diferença que vai entre lançar a linha da prosa para matar o tempo e, quem sabe, iscar um peixe de água doce, ou criar toda uma relação de profundidade inaudita, caindo com o estrondo de uma baleia sobre um pequeno lago. 
(Diogo Vaz Pinto) 

  • 18. Sombra das Minhas Mãos, de António Barahona - ed. Averno
António Barahona, como só mais uns poucos dos poetas mais velhos, carrega ainda a perceção de uma antiguidade que se vê desluzida e ignorada, mas que riposta, não se entrega nem condescende, agride ainda outra e outra vez, insistindo na beleza mais difícil, no golpe que busca o nervo nos homens deste tempo. Barahona tem, como só muito poucos, a graça de ser bafejado há muito por uma musa abrupta quando não escandalosa, mas é capaz de variações sublimes, de reflexos inesperados, cosendo outros sintomas sobre a pele dessa deformidade da nossa época, capaz de balançar entre a lírica mais precisa e radiante, e a oratória, memoriosa, fúnebre e sensualista.

Com este livro de sonetos encerra a sua suma poética num tom mais brando, como uma música de águas correndo nos veios mais profundos da língua, puxando de si para si essas relações intuídas pela relação sonora, levando-nos a perceber, como supôs Borges, que talvez a história universal seja a história da diferente entoação de algumas metáforas. 
(Diogo Vaz Pinto)


Boas leituras!


Fonte:
Nascer do Sol: cultura, de 22 de julho 2022. Acedido em  https://sol.sapo.pt/artigo/776949/ferias-de-verao-18-livros-para-ler-a-sombra

quarta-feira, 20 de julho de 2022

10 sugestões de leitura para o Verão


Partilhamos 10 sugestões da Comunidade Cultura e Arte, que lembra o estudo desenvolvido e publicado pelo Instituto de Ciências Sociais a pedido da Fundação Calouste Gulbenkian, sobre os hábitos de leitura dos portugueses, através do qual se ficou a saber que 61% dos 2000 inquiridos não leu qualquer livro impresso no último ano e apenas 7% revelaram ter lido entre 6 a 20 livros.

Não são, de todo, números animadores. 

O período de férias pode ser uma boa altura para tentar contrariar esta realidade. 

Aqui ficam as sinopses dos livros para ajudar na escolha.

Boas leituras!

terça-feira, 19 de julho de 2022

O mundo digital abre um fosso crescente no acesso a livros impressos?


Título: Does the digital world open up an increasing divide in access to print books?
Autores: Miyako Ikeda and Giannina Rech
Publicação: PISA in Focus, n.º 118, 12 de julho de 2022. Paris : OCDE
N.º páginas: 8 p.

Nas últimas duas décadas, a leitura passou de papel para, cada vez mais, ecrãs. À medida que a digitalização se espalha, tem havido crescentes preocupações sobre o acesso desequilibrado a novos tipos de recursos entre estudantes com vantagens socioeconômicas e alunos desfavorecidos. Os resultados do PISA 2018 mostram que, embora os alunos desfavorecidos se estejam a atualizar em termos de acesso a recursos digitais, o seu acesso ao capital cultural, como livros impressos em casa, diminuiu e a lacuna socioeconómica persistiu nas últimas duas décadas.

Este resumo chama a atenção das partes interessadas da educação para essa questão e fornece evidências para a discussão da equidade na educação, examinando o modo como o acesso a livros em casa está relacionado com o modo predominante de leitura de livros dos alunos, o seu desempenho na leitura e o seu prazer de ler.

Clique na capa para aceder ao documento.

domingo, 17 de julho de 2022

Revista ELECTRA I Verão 2022

ELECTRA é uma revista internacional, editada pela Fundação EDP, que privilegia a crítica e a reflexão cultural, social e política da atualidade.

Com lançamento em março de 2018, a revista tem periodicidade trimestral e é editada em português e em inglês.

Sobre esta edição:

O Futebol tornou-se no nosso tempo um facto social total. Ele é hoje um sistema poderoso e complexo que está para lá dos estádios e das competições desportivas e invadiu o nosso quotidiano. Ele atrai o poder político e mobiliza de forma extrema e exacerbada o poder económico e mediático. É um mundo marcado por heróis e por cultos, um fenómeno que irradia em muitas direcções e a que dedicamos o dossier da Electra 17, com textos de Bernardo Futscher Pereira, João Sedas Nunes, José Florenzano, José Neves, Luiz Guilherme Burlamaqui, Marc Perelman, Marcos Cardão e António Guerreiro.

Também em destaque, neste número, estão a entrevista e o portfólio do consagrado pintor norte-americano Alex Katz. No ano em que completa 95 anos e são organizadas importantes retrospectivas da sua obra, no Museu Guggenheim, em Nova Iorque, e no Museo Thyssen Bornemisza, em Madrid, Katz conversa com Juan Manuel Bonet, antigo director do Museu Reina Sofia, sobre a pintura e os pintores, a cor e a luz, a vida e os lugares dela.

Na secção “Primeira Pessoa” é entrevistado James Wood, considerado por muitos como o crítico literário mais aclamado, dominante e temido das últimas décadas. Em conversa com Afonso Dias Ramos, Wood reflecte sobre a sua vida e obra enquanto leitor, crítico, professor e escritor. 

Nesta edição de Verão de 2022, o ano em que se comemora o centenário do nascimento de Pier Paolo Pasolini, Vinícius Nicastro Honesko, Bruno Moroncini e Carla Benedetti — autores de ensaios e estudos sobre o cineasta, o escritor, o ensaísta, o intelectual — evocam esta figura maior da Itália do século XX e sublinham a sua actualidade. 

Youssef Rakha é escritor, jornalista, crítico literário, com uma obra reconhecida e premiada. Os fotógrafos e editores André Príncipe e José Pedro Cortes encontraram Rakha no Cairo, cidade onde nasceu e vive, e falaram de política, de religião, de arte, de viagens, da vida, num trabalho em que as palavras e as imagens se desafiam, publicado na secção “Planisfério”

O título de uma famosa obra de Vermeer, dá nome à secção “Vista de Delft” da Electra. E é dessa obra, Vista de Delft, da cidade que nela se representa, Delft, e da cidade onde ela se pode ver, Haia, que nos fala José Manuel dos Santos nesta edição.

Para o “Livro de Horas” da Electra 17, Pedro Neves Marques, que representa Portugal na Bienal de Arte de Veneza deste ano, com o projeto Vampires in Space, constrói, a partir desta instalação narrativa, um diário, feito de evocações e meditações, abordando questões de identidade de género, sexualidade e reprodução queer.

Ainda nesta edição, o sociólogo italiano Paolo Perulli faz uma genealogia e a história dos «criativos»; Ana Rocha, a propósito do bicentenário de Gustave Flaubert, analisa um episódio fulcral do romance Madame Bovary; Golgona Anghel, poeta e professora, interpreta uma afirmação do escritor Emil Cioran; Afonso Dias Ramos escreve sobre um dos livros mais aguardados da última década The Dawn of Everything: A New History of Humanity, de David Graeber e David Wengrow; e Régis Salado comenta a palavra “Narrativa”. 

Clique na capa para aceder a este número.

Fonte: 

sexta-feira, 15 de julho de 2022

A biblioteca em números

Este é, ainda, o momento de prestar contas e de demonstrar os contributos da biblioteca para a concretização dos objetivos do projeto educativo da escola.

Aqui fica um infográfico no qual partilhamos aos dados do trabalho desenvolvido neste ano letivo.

quinta-feira, 14 de julho de 2022

Crie música com Blob Opera


Crie sua própria música inspirada na ópera com o Blob Opera - não são necessários conhecimentos musicais! 

Dispõe de quatro vozes: soprano, mezzo soprano, tenor e baixo.

Experimente aqui.

Mãos à obra!

quarta-feira, 13 de julho de 2022

Telas musicais



E se pudesse ouvir a sua pintura?
 
Transforme o seu pincel em instrumentos musicais e componha em telas sensoriais!  

Paint With Music é uma experiência interativa que conecta duas grandes formas de expressão artística: pintura e composição musical. Assim o movimento das suas pinceladas é traduzido em notas musicais executadas por um instrumento à sua escolha: flauta, saxofone, trompete, violino e o som de pássaros são os elementos de que dispõe para compor as suas telas musicais.  

No final, pode partilhá-las com os amigos.
  
Veja aqui como fazer.  

Mãos à obra!

segunda-feira, 11 de julho de 2022

Escape Room Educativo: desenvolvimento das competências digitais I Ebook


Título: Escape Room Educativo: desenvolvimento das competências digitais
Autores: Ana Pina, Daniela Guimarães e Mário Guedes (org.)
Edição: Direção-Geral da Educação, elaborada pela Organização Nacional de Apoio do eTwinning / Equipa de Recursos e Tecnologias Educativas - ERTE
Data de publicação: 2022
N.º páginas: 187 p., il.
ISBN: 978-972-742-511-2

Escape Room Educativo: desenvolvimento das competências digitais é um e-book onde se apresenta, de forma simples e intuitiva, a informação resultante dos Webinars Viriato, desenvolvidos no âmbito do projeto eTwinning nacional.

Organizado em três capítulos, este e-book começa por contextualizar a metodologia dos Escape Room Educativos e o seu potencial pedagógico para a aquisição, compreensão e transferência de conhecimento.

No segundo capítulo, encontram-se os passos a seguir para a construção de um Escape Room Educativo digital, as propostas de ferramentas que poderão ser utilizadas para os alojar e exemplos de Escape Rooms Educativos digitais que, partindo de conteúdos curriculares de várias disciplinas, poderão servir de inspiração quer para professores quer para alunos.

Por fim, no intuito de rentabilizar ao máximo esta metodologia, são partilhadas ferramentas digitais, também apresentadas no âmbito dos webinars Viriato, desenvolvidos mensalmente ao longo do ano letivo 2021-2022.

Na linha do primeiro e-book, O eTwinning e a web 2.0: desenvolvimento das competências digitais, destaca-se o tutorial simples e visualmente apelativo. Neste, assumem particular relevância as dicas que deverão ser consideradas na construção de um Escape Room Educativo digital, assim como os vários exemplos apresentados.

Clique na imagem para aceder ao e-book.

Fonte: 
ERTE (2022.07.11). Escape room educativo: desenvolvimento das competências digitais. Acedido em 11.07.2022 em https://erte.dge.mec.pt/noticias/escape-room-educativo-desenvolvimento-das-competencias-digitais

Social Media TestDrive

Ajude os jovens a navegar no mundo digital


Como um simulador de direção para jovens que estão a aprender a conduzir um carro, pela primeira vez, o Social Media TestDrive oferece uma experiência simulada de dilemas e cenários digitais reais, juntamente com os principais conceitos e estratégias para navegar neles.

Cada um dos 12 módulos apresenta-se organizado, como ilustra a imagem seguinte:

Quer navegar com segurança no mundo digital?

Teste-se!

Clique numa das imagens para aceder ao TestDrive.

sexta-feira, 8 de julho de 2022

Relatório | Riscos & Conflitos 2022


Título: Relatório cibersegurança em Portugal : riscos & conflitos 2022
Entidade responsável: Centro Nacional de Cibersegurança Portugal
Edição: 3.ª ed.
Data de publicação: Junho 2022
N.º páginas: 98 p.

O Relatório Riscos & Conflitos de 2022 (3.ª edição) analisa o ano de 2021 e perspetiva os anos de 2022 e 2023 quanto aos principais incidentes, cibercrimes e agentes de ameaça a afetar o ciberespaço de interesse nacional. Para o efeito, utiliza indicadores produzidos pelo próprio CNCS - Centro Nacional de Cibersegurança -, os contributos de vários parceiros através de conteúdos e entrevistas, inquéritos realizados à comunidade, bem como efetua uma sistematização de dados públicos sobre estas matérias.

Atualizações ao documento:

1.ª - 28/06/2022

Aceda ao Relatório

Aceda ao "Relatório em 15 minutos"

quinta-feira, 7 de julho de 2022

14.ª edição do Festival ao largo



À semelhança de anos anteriores, conta com uma programação diversificada, com a participação da Orquestra Sinfónica Portuguesa, do Coro do Teatro Nacional de São Carlos e da Companhia Nacional de Bailado, entre outros agrupamentos artísticos de prestígio.

Realizado ao ar livre, em frente ao Teatro Nacional São Carlos, e no seu interir também, este festival revela-se também uma ótima opção para aproveitar as noites quentes de verão.



segunda-feira, 4 de julho de 2022

Crianças, jovens e media: o direito à expressão e à participação | Seminário


No próximo dia 12 de julho, das 14H30 às 16H30,  realiza-se, online, o seminário Crianças, jovens e media: o direito à expressão e à participação, no âmbito do projeto bYou.

A participação exige a inscrição prévia, até 10 de julho, através do link https://forms.gle/CNbYj816Mc1uM6wi8  

Os oradores convidados do seminário bYou são Sara Pereira, investigadora principal do projeto, Manuel Sarmento, do Instituto de Educação da Universidade do Minho, e Amélia Pinto Carneiro, em representação da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção de Crianças e jovens.

Em curso desde 29 de março de 2021, o bYou pretende conhecer e discutir as práticas dos jovens com os media, ao mesmo tempo que dá espaço aos mais novos para fazerem ouvir a sua voz. Conjuga metodologias quantitativas e qualitativas, tradicionais e participativas, com o propósito de reconhecer as crianças e os jovens como atores sociais e agentes de mudança. É, portanto, um projeto que quer saber quem são e o que fazem esses jovens (be you, sê tu, numa das duas leituras para as quais remete o título), mas também deseja acolher a participação dos mais novos, nos seus próprios termos – by you, por ti, na segunda aceção para a qual remete o título.

O bYou é financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (PTDC/COM-OUT/3004/2020), tendo sido um dos quatro projetos vencedores do concurso promovido em 2020, no domínio dos Media e da Comunicação. É uma investigação do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade e do MILObs, o Observatório sobre Média, Informação e Literacia do CECS. 

Para mais informações consulte o sítio web do projeto bYou >>

Fonte:
MILOBBS (2022.06.22). Projeto bYou organiza seminário a 12 de julho. Acedido em 04.07.2022 em https://milobs.pt/projeto-byou-organiza-seminario-a-12-de-julho/

sábado, 2 de julho de 2022

Biblioteca pública | Podcast Antena 1


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Uma biblioteca cheia de livros e escritores com vontade de os ler e depois falar sobre que reflexões podem lançar. Nesta primeira temporada juntam-se Afonso Reis Cabral, Dulce Maria Cardoso e Richard Zimler.

Até 30 de junho o podcast Biblioteca pública, da Antena 1, já tinha disponibilizado na RTP Play 19 episódios.

No último episódio, os escritores falam sobre o livro "A fábrica de cretinos digitais : os perigos dos ecrãs para os nossos filhos", do neurocientista francês Michel Desmurget.

Sinopse:
Estamos a viver uma situação muitíssimo preocupante. O autor deste livro afirmou, numa entrevista à BBC que se tornou viral, que os nativos digitais são os primeiros filhos a terem um QI inferior ao dos pais. Após milhares de anos de evolução, o ser humano está agora a regredir em termos cognitivos e de capacidades intelectuais — por culpa da exposição excessiva a ecrãs. 
O tempo que as novas gerações passam a interagir com smartphones, tablets, computadores e televisão é elevadíssimo. Aos 2 anos, as crianças dos países ocidentais consagram todos os dias quase três horas a ecrãs. Entre os 8 e os 12 anos, esse tempo aumenta para cerca de quatro horas e quarenta e cinco minutos. Entre os 13 e os 18, a exposição é em média de seis horas e quarenta e cinco minutos diários. Em termos anuais, são cerca de mil horas para um aluno do 1.º ciclo do ensino básico (quase o mesmo número de horas de um ano escolar) e 1700 para um do 2.º ciclo. Já para um aluno do 3.º ciclo e do ensino secundário, falamos de 2400 horas anuais, o equivalente a um ano e meio de trabalho a tempo inteiro. 
Ao contrário do que se pensava, a profusão de ecrãs a que os nossos filhos estão expostos está longe de lhes melhorar as aptidões. Na verdade, verifica-se precisamente o oposto: acarreta consequências pesadas ao nível da saúde (obesidade, desenvolvimento de doenças cardiovasculares e diminuição da esperança de vida), em termos de comportamento (agressividade, depressão, ansiedade) e no campo das capacidades intelectuais (linguagem, concentração e memorização). Tudo isto afeta gravemente o rendimento escolar dos jovens e o seu desenvolvimento. 
Nesta obra tão pertinente como inquietante, que venceu o prémio para melhor ensaio em França, o neurocientista Michel Desmurget traça um cenário doloroso sobre os efeitos que esse consumo em excesso está a ter nos cérebros dos nossos filhos.

Leitura para o bem estar - a biblioterapia

Ilustração de Pawel Kuczynski (via Pinzellades al món)

No contexto de mudança e incerteza quanto ao futuro a Secção de Leitura e Literacia está atualmente a concentrar-se na Leitura para o Bem-Estar. Este assunto tem sido o nosso foco principal nos últimos dois anos e atualmente estamos a planear iniciativas e programas em torno de Biblioterapia, Leitura Partilhada, Leitura Consciente e Contar Histórias”, afirma Atlanta Meyer, Presidenta da Secção de Leitura e Literacia da International Federation of Library Associations and Institutions (IFLA) [1], cujas diretrizes são seguidas pela Rede de Bibliotecas Escolares.

Uma das primeiras definições de biblioterapia diz que esta é “um processo de interação dinâmica entre a personalidade do leitor e a literatura, de carácter psicológico e que contribui para o ajustamento e desenvolvimento do ser humano” (Caroline Shrodes, 1949) [2].

De acordo com a pesquisa de “bibliotherapy” em ODLIS: Online Dictionary of Library and Information Science, pode ter 3 fases:

1. Diagnóstico do problema e interesses de leitura do paciente e recomendação de material de leitura pelo terapeuta com decisão de textos a ler por aquele.

2. Durante a leitura, o leitor percebe como (pelo menos) um dos personagens resolve os seus desafios e identifica-se com ele, facilitando a catarse. Podem ser propostos exercícios de leitura como seleção de frases significativas, formulação de perguntas, escrita de outro final da narrativa, ilustração, dramatização...

3. Reflexão crítica e diálogo com o terapeuta sobre a relevância da solução sugerida pelo texto e que pode dar azo ao aprofundamento da partilha da história pessoal e à mudança.

A American Library Association disponibiliza recursos que apoiam a formação em biblioterapia e “para ajudar crianças em tempos de dificuldade” em idioma inglês [3]. A Rede de Bibliotecas Escolares disponibiliza, em português, álbuns gráficos que podem ser ponto de partida para falar sobre temas difíceis como igualdade de género, racismo e discriminação, bullying, homossexualidade, guerra e doença mental [4].

A biblioterapia é uma abordagem terapêutica que usa sobretudo literatura ou livros de ficção - metáforas e símbolos dão azo a projeção de sentimentos e ideias - mas também textos de não ficção como filosofia, memórias ou desenvolvimento pessoal, para tratar problemas de saúde mental como ansiedade, depressão e traumas, bem como consumos e dependências e pode ser complemento à psicologia e psiquiatria tradicionais. 

Esta terapia pode desenvolver-se em sessões individuais ou em grupo e nelas pretende-se que o leitor compreenda outras perspetivas, desenvolva empatia percebendo que o problema é comum a outras pessoas e experimente sentimentos de autoestima/ eficácia e contentamento.

Pode ser desenvolvida com apoio de terapeutas especializados, mas não sendo, não se conhecem efeitos prejudiciais e pode ser sobretudo útil para pacientes com problemas moderados, pouco tempo e dinheiro. A International Federation for Biblio/Poetry Therapy é uma das instituições que estabelece diretrizes para biblioterapia e certifica estes profissionais.

Tal como a cinetarapia e a musicoterapia, também a biblioterapia é uma área que pode ser aprofundada pelos bibliotecários. A compreensão e experiência que têm de análise do comportamento humano, de livros e materiais de leitura e abordagens que geram envolvimento e discussão facilita esta oportunidade que conhece cada vez mais adeptos no âmbito de uma estratégia holística de cuidados de saúde que favorecem o bem-estar.

Também pode ser trabalhada em contexto de educação para a cidadania que visa aprender a colocar-se no lugar do outro numa lógica, não só de tomada de consciência dos próprios direitos, como de cumprimento dos deveres associados para que todos os direitos humanos sejam maximamente exercidos no espaço público [2]. 

Perspetivando o futuro da leitura em contexto da biblioteca, Atlanta Meyer identifica outro desafio: “Ler é divertido! A leitura aproxima as pessoas, acende a imaginação, desenvolve a criatividade e proporciona um sentimento de pertença. Sabemos da importância e benefícios da leitura e como promovê-los, mas não sabemos como promover a leitura por diversão e acho que é por aí que devemos começar.”

Gostaríamos de ouvi-lo sobre como promover o bem-estar e a diversão através da leitura…

Texto retirado do Blogue da RBE acedido em 02.07.2022 em https://blogue.rbe.mec.pt/ifla-leitura-para-o-bem-estar-a-2606085

Referências

1. IFLA (2022, 22 Apr.). In conversation with: Atlanta Meyer, Chair, Literacy and Reading Section. Netherlands: IFLA. https://www.ifla.org/news/in-conversation-with-atlanta-meyer-chair-literacy-and-reading-section/

2. Nobre, S. (2022, 14 fev,). Contributos da Biblioterapia para a Cidadania. A biblioterapeuta. https://abiblioterapeuta.com/2022/02/14/contributos-da-biblioterapia-para-a-cidadania/

3. American Library Association. (2022). Bibliotherapy. USA: ALA. https://www.ala.org/tools/atoz/bibliotherapy

4. Rede de Bibliotecas Escolares (2019). Álbuns gráficos para o desenvolvimento. Portugal: RBE. https://www.rbe.mec.pt/np4/2079.html

PNL2027 | Ideias de leitura
Sugestões para o mês de Julho de 2022



O PNL2027 publica mensalmente Ideias de Leitura para jovens.

Escolha uma delas, aceda ao mural digital do Plano Nacional de Leitura (PNL2027) e participa >>.

PNL2027 | Ideias de escrita
Sugestões para o mês de Julho de 2022



O PNL2027 publica mensalmente Ideias de Escrita para jovens.

Escolha uma delas, aceda ao mural digital do Plano Nacional de Leitura (PNL2027) e participa >>.

sexta-feira, 1 de julho de 2022

Literacia de informação - "O seu a seu dono"
Balanço da atividade

Durante o ano letivo a biblioteca escolar promoveu sessões de sensibilização para o respeito dos direitos de autor e para a apresentação das referências bibliográficas nos trabalhos escolares, de acordo com as normas da APA - American Psychological Association.

Clique aqui para aceder ao balanço da atividade.

Utilização da BE/CRE durante o ano letivo
2021/2022 – contexto letivo

Divulgamos, de seguida, os dados estatísticos relativos à frequência, em contexto letivo, da Biblioteca Escolar – Centro de Recursos Educativos de 16 de setembro de 2021 até 16 de junho de 2022.

Salienta-se os seguintes dados:

N.º de ocupações em contexto letivo: 178

N.º de aulas ministradas na BE/CRE: 153

N.º de turmas envolvidas: 35

N.º de disciplinas envolvidas: 15

N.º de alunos inscritos em contexto letivo: 1945

Turmas com mais aulas na BE/CRE: 11º A

Disciplina com maior número de aulas na BE/CRE: Geografia A

Mês com maior n.º de aulas: Março

Utilização da BE/CRE durante o ano letivo
2021/2022 – Acesso livre

Divulgamos, de seguida, os dados estatísticos relativos à frequência, em regime livre, da Biblioteca Escolar – Centro de Recursos Educativos de 16 de setembro de 2021 até 16 de junho de 2022.

Salienta-se os seguintes dados:

¬ N.º de dias do funcionamento da BE/CRE: 151

¬ N.º de utilizadores registados: 677

¬ N.º de alunos envolvidos: 260

¬ Os 10 alunos que frequentaram mais assiduamente a biblioteca escolar:

• 1º - Ana Lúcia – Turma 11º 14 – com 28 inscrições;

• 2º - Carla Varela – Turma 12º 10 – com 20 inscrições;

• 3º - Clarisse Fernandes – Turma 12º 10 – com 19 inscrições;

• 4º - Henrique Dias – Turma 12º 04 – com 18 inscrições;

• 5º - Susana Nobre – Turma 12º 10 – com 17 inscrições;

• 6º - Sara Martinho – Turma 11º 05 – com 16 inscrições;

• 7º - André Almeida– Turma 11º 10 – com 14 inscrições;

• 8º - Maria Isabel Silva– Turma 10º 14 – com 11 inscrições;

• 9º - Samilly Bay – Turma 12º 10 – com 10 inscrições;

• 10º - Luís Lopes– Turma 11º B – com 9 inscrições.

¬ Turma + frequentadora:

• 1º - Turma 12º 10 - com 79 inscrições;

• 2º - Turma 11º 10 – com 46 inscrições;

• 3º - Turma 10º 14 – com 44 inscrições.

¬ Horas com maior número de utilizadores:

• 1º - 13:30H – 14:15H – com 106 inscrições;

• 2º - 14:15H – 15:00H – com 80 inscrições;

• 3º - 15:00H – 15:50H – com 70 inscrições.

¬ Dias da semana com maior afluência:

• 1º - 3ª Feira – com 181 inscrições;

• 2º - 5ª Feira – com 165 inscrições;

• 3º - 2ª Feira – com 138 inscrições.

¬ Dias com maior frequência:

• 1º - 28-02-2022 – com 18 inscrições;

• 2º - 17-03-2022, 05-04-2022 e 17-05-2022 – com 15 inscrições;

• 3º - 22-02-2022 e 04-05-2022 – com 14 inscrições.

¬ Atividades que envolveram mais alunos:

• 1º - Estudo/ Consulta de documentação/ Leitura – 334 inscrições;

• 2º - Consulta multimédia: trabalhos escolares– 246 inscrições;

• 3º - Leitura informal – 40 inscrições.

O empréstimo domiciliário no ano letivo 2021/2022

Agora que chegámos ao final do ano letivo divulgamos os 5 alunos que mais leram entre setembro de 2021 e junho de 2022 na modalidade de leitura domiciliária, bem como os 3 livros mais requisitados.

Damos os parabéns a todos os alunos que têm requisitado livros na nossa biblioteca especialmente aos que ficaram classificados nos primeiros lugares na modalidade acima referida.

Os 5 maiores leitores:

• 1º - Inês Corujeira (turma 10.º 09) e Luís Lopes (turma 10.º A);

• 3º - Diana Nogueira – Turma 10.º A;

• 4º - Delfim Veloso – Turma 12.º A;

• 5º - Ana Cristina Farinha – Turma 12.º A.


Os 3 livros mais lidos:

• 1º - Os Maias, de Eça de Queirós;

• 2º - O ano da morte de Ricardo Reis, de José Saramago;

• 3º - Contos: obra completa, de Vergílio Ferreira.

Circulação do fundo documental durante o ano letivo 2021/2022

Divulgamos os dados estatísticos referentes aos empréstimos realizados de 16 de setembro de 2021 até 16 de junho de 2022. Registaram-se os seguintes empréstimos à Comunidade Escolar:

- Alunos – 181 requisições;

- Professores – 102 requisições;

- Funcionários – 2 requisição;

- Empréstimo inter-escolas – 1 requisição;

Destacam-se as turmas que registaram:

ϖ Maior número de requisições: 

• 1º - 10º 05 - com 21 requisições;

• 2º - 10º 10 – com 20 requisições;

• 3º - 12º A - com 16 requisições.

ϖ Maior número de requisições domiciliárias: 

• 1º - 12º A – com 15 requisições;

• 2º - 10º 09 – com 12 requisições;

• 3º - 11º 10 – com 9 requisições.

ϖ Os alunos que apresentaram maior número de requisições domiciliárias foram:

Inês Corujeira, da turma 10º 09 e Luís Lopes , da turma 10º A – com 7 requisições

ϖ Total de empréstimos domiciliários a alunos: 98

ϖ Nº de alunos que levaram documentos para casa: 56

Utilização do auditório no ano letivo 2021/2022

A BE/CRE geriu durante o ano letivo a ocupação do auditório. Assim, entre 16 de setembro de 2021 e 24 de junho de 2022 salienta-se os seguintes dados:

==> Total de requisições: 149

==> Objetivo da requisição: 

• 1.º - Exibição de filmes – 57 requisições

• 2.º - Apresentação de trabalhos – 26 requisições

• 3.º - Aulas de preparação de exame – 20 requisições

==> Utilizadores mais frequentes:

• 1.º - GR 410 (Filosofia)

• 2.º - GR 520 (Biologia)

• 3.º - Biblioteca

==> Mês com maior número de requisições: Maio

==> Bloco letivo de maior afluência: 15H05-16H35



Requisição de equipamentos no ano letivo 2021/2022

A BE/CRE geriu durante o ano letivo o empréstimo de alguns materiais multimédia. Foram registados desde 16 de setembro de 2021 até 16 de junho de 2022, 8 empréstimos de calculadoras a alunos, 7 dos quais na realização de testes de avaliação.