quinta-feira, 25 de abril de 2024

Cinco décadas de democracia, o que mudou:
na demografia

Nos últimos 50 anos, desde a Revolução dos Cravos, vivenciamos mudanças demográficas significativas, refletindo uma nova configuração social. Observamos uma tendência para um envelhecimento da população, um aumento da esperança de vida, famílias com menos filhos e uma parentalidade mais tardia.

Além disso, Portugal transformou-se de um país predominantemente de emigração, durante a década de 1960, para um destino de imigração, especialmente após a descolonização. Mesmo com a perda de 200 mil habitantes na última década, o número de residentes cresceu. 

Estas dinâmicas alteraram substancialmente o perfil dos residentes em território nacional. 

Que cenários poderemos antecipar para os próximos anos? 

Este minidocumentário convida especialistas em demografia, sociologia e geografia a analisar estes fenómenos. Oferecem uma visão sobre a forma como o 25 de abril em Portugal e outros marcos históricos, moldaram o panorama atual e o que antecipar do desenvolvimento futuro, num país que testemunhou profundas transformações após a Revolução dos Cravos, com impactos significativos na política e na economia portuguesa. 

Cinco décadas de democracia, o que mudou:
na economia

Após 50 anos da Revolução de 25 de Abril de 1974 existe a ideia de que Portugal vive numa permanente crise económica. Não é bem assim. É verdade que o país atravessou sete crises nos últimos cinquenta anos, mas são inegáveis os grandes desenvolvimentos da economia nacional, a começar pelo aumento das qualificações da população e acabando no recorde das exportações, que atingiram 50% do PIB em 2022.

A Fundação Francisco Manuel dos Santos mostra, neste vídeo, as principais características da economia portuguesa em democracia: com um forte peso inicial do Estado, a posterior abertura ao exterior e a estagnação do crescimento económico após a década de 90, quando se pensava que Portugal iria continuar a convergir com os seus parceiros europeus.

Num momento em que é fundamental escolher bem onde investir recursos, alguns dos melhores economistas e gestores portugueses analisam possíveis soluções para fazer crescer a economia, aumentar a produtividade e os salários e, assim, reter talento em Portugal. Um desafio preponderante para os próximos 50 anos da nossa democracia, refletindo sobre o crescimento da economia em Portugal e as mudanças económicas desde a Revolução dos Cravos


Cinco décadas de democracia, o que mudou:
na vida das mulheres portuguesas

No Estado Novo, as mulheres não podiam sair do país sem autorização do marido. Não podiam ser magistradas, nem diplomatas, nem militar ou polícia. Nem tão pouco enfermeiras se fossem casadas. Para trabalhar no comércio, abrir conta bancária ou tomar contracetivos, a mulher era obrigada a pedir autorização ao marido.

Se a ditadura era limitativa para todos, para as mulheres, em particular, reduzi-as à condição de mães e donas de casa: a mulher existia para ser a mãe extremosa, a esposa dedicada, uma verdadeira fada do lar. Desde pequenina que era treinada para ser assim, submissa ao poder patriarcal do pai, do irmão e, mais tarde, do marido. O único futuro que podia ambicionar era o de fazer um bom casamento que garantisse o sustento da família, que, custasse o que custasse, tinha de se manter unida, estável e forte; uma metáfora do próprio regime. Oliveira Salazar não permitia que a ordem social fosse questionada, todos os assomos de feminismo iam sendo silenciados. Até ao dia que as mentalidades começaram a evoluir. A industrialização levou a mulher para fora de casa mas, a verdade, é que um contrato de trabalho valia menos do que um contrato nupcial e ganhava quase metade do salário pago aos homens.

A Revolução de 25 de abril de 74 trouxe promessas de igualdade de género em Portugal. As mulheres passaram a ser livres para fazer as suas escolhas e desafiaram as regras. Passaram a estar em maioria na universidade, tornaram-se governantes, juízas, a contar com direitos sexuais e reprodutivos que lhes deram o poder de decidir as suas vidas.

Contudo, a paridade ainda é uma realidade distante. As mulheres continuam a ganhar menos do que os homens pelo mesmo trabalho, estão menos representadas no Parlamento e na administração de grandes empresas e também em profissões ligadas à ciência e à tecnologia. Trabalham mais horas, principalmente nas tarefas domésticas e de prestação de cuidados à família.

Através do testemunho de mulheres (e também de alguns homens) que lutaram pela promoção da igualdade de género, o documentário, produzido pela Fundação Francisco Manuel dos Santos, acompanha as maiores conquistas feitas no feminino ao longo das últimas cinco décadas, enquanto apresenta os desafios e as maiores urgências para alcançar a desejada igualdade. Desde a conquista do voto feminino por Carolina Beatriz Ângelo até os esforços atuais para combater a segregação de género e a disparidade salarial, e fomentar a literacia digital e a presença das mulheres no mundo do trabalho.

Das licenças de parentalidade ao diferencial remuneratório, das quotas de género à violência doméstica, os temas que mais importam ao empoderamento das mulheres são abordados por artistas, ativistas, empresárias e ex-governantes, figuras destacadas nas conquistas em prol de um maior equilíbrio de género.

Cinco décadas de democracia:
que democracia construímos?

Um regime democrático nasceu a 25 de Abril de 1974 e com ele muitas conquistas como o fim da censura, os direitos civis e a entrada na União Europeia, são alguns exemplos.

demorou décadas a amadurecer e ainda é um processo inacabado. Uma democracia de muitas conquistas como o fim da censura, os direitos civis e a entrada na União Europeia são alguns exemplos. Uma democracia que ainda é um processo inacabado, mas que se foi consolidando sabendo superar períodos de intensa crispação política - como o PREC - e, mais recentemente, suportando o aparecimento dos populismos.

Uma democracia que, contudo, ainda enfrenta muitos desafios: uma abstenção eleitoral que tem aumentado, um desencanto provocado pelas suspeitas de corrupção na política e uma fraca participação cívica revelada por vários indicadores.

Estará a democracia em Portugal em crise? 

E, caso esteja, o que pode ser feito para a melhorar? 

O documentário de 23 minutos produzido pela Fundação Francisco Manuel dos Santos centra-se não apenas no último meio século da democracia portuguesa, mas também no que falta para a tornar mais forte e rejuvenescida. Um regime participativo em que os jovens sintam que têm voz e que vale a pena sair de casa em dia de votação, realçando a importância do voto e do voto dos jovens portugueses para a consolidação democrática de Portugal.


terça-feira, 23 de abril de 2024

Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor 2024



O Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor assinala-se, anualmente, a 23 de abril. Este dia foi proclamado na 28.ª Conferência Geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), em 1995. 

O propósito deste dia é encorajar a leitura e promover a proteção dos direitos de autor, ameaçados, cada vez mais, pela cópia e utilização indevida de obras com vista ao desenvolvimento das ferramentas de inteligência artificial. Destaca-se ainda a importância dos livros enquanto elemento basilar da educação e do progresso de uma sociedade.

Esta data foi escolhida com base na lenda de São Jorge e o Dragão, adaptada para honrar a velha tradição catalã segundo a qual, neste dia, os cavaleiros oferecem às suas damas uma rosa vermelha de São Jorge (Sant Jordi) e recebem, em troca, um livro, testemunho das aventuras do heroico cavaleiro. Neste dia é, também, prestada homenagem à obra de grandes escritores, como Shakespeare, Cervantes e Inca Garcilaso de la Vega, falecidos em 1616, exatamente em abril.

A Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB) assinala este dia através do cartaz concebido por Luís Mendonça, que simultaneamente presta homenagem ao poeta Luís de Camões, no ano em que se assinala os 500 anos do seu nascimento (1524-2024).

segunda-feira, 22 de abril de 2024

Dia da Escola Aberta 2024



É já na próxima quarta-feira, dia 24 de abril, que a Escola Secundária da Amadora organiza, mais uma vez, o Dia da Escola Aberta, para o qual foram convidados os alunos de 9.º ano de outras Escolas / Agrupamentos do Concelho da Amadora, que não integram o Ensino Secundário, assim como os seus professores e psicólogos escolares.

Com esta iniciativa, a Escola Secundária da Amadora pretende divulgar a sua oferta formativa a ser ministrada no próximo ano letivo e dar a conhecer, in loco, a escola e as atividades que nela se desenvolvem e, simultaneamente, proporcionar um primeiro contacto com o ambiente de trabalho e de aprendizagem que aqui se vive.

Para esse efeito foi programada uma receção aos visitantes, a realização de visitas guiadas a diferentes espaços educativos, nomeadamente salas de aula, laboratórios, auditório, biblioteca, entre outros.

Contamos este ano com as seguintes visitas programadas:

  • 10H00-11H30 - Turma 9.º 02 da EB Roque Gameiro;

  • 11H40-13H10 - 2 turmas do Colégio Luís Madureira e 3 turmas da EB Roque Gameiro (9.º 01, 9.º 03, 9.º 08);

  • 14H05-15H45 - 4 turmas da EB José Cardoso Lopes;

  • 15H00-16H30 - Grupos de alunos de três escolas: EB Almeida Garrett, EB Miguel Torga e EB Pedro d'Orey da Cunha.

Porém, a Escola mantém a porta aberta a todos os alunos do 9.º ano que quiserem conhecer o nosso trabalho, desde que acompanhados por um adulto.

A partir das 10H00 visite-nos ... aceite o nosso convite!

Venha conhecer o nosso trabalho.

Contamos com a sua presença!

domingo, 21 de abril de 2024

Dia Mundial da Terra



O Dia Mundial da Terra é, anualmente, comemorado a 22 de abril. Esta comemoração visa reconhecer a importância do planeta e alertar para a importância e a necessidade de preservar os recursos naturais do mundo, tendo como tema em 2024 - Planeta versus Plásticos.

Celebra-se em mais de 190 países, manifestando o seu compromisso com a proteção e a necessidade de preservar os recursos naturais, o ambiente e a sustentabilidade da Terra. 

Para este dia, a Earthday.org tem como compromisso reduzir a utilização dos plásticos em prol da saúde humana e planetária, exigindo uma redução de 60% na produção de todos os plásticos até 2040. Agora no seu 54.º ano comemorativo, o Dia Mundial da Terra sublinha a nossa responsabilidade colectiva de salvaguardar o ambiente e o nosso próprio futuro. 

As comemorações do Dia Mundial da Terra tiveram lugar, pela primeira vez, nos Estados Unidos, no dia 22 de abril de 1970, tendo sido promovidas pelo senador americano Gaylord Nelson (1916-2005) que organizou um fórum ambiental, envolvendo cerca de 20 milhões de participantes. 

Fonte: 
Turismo de Portugal.Dia Mundial da Terra 2024. Disponível em https://www.turismodeportugal.pt/pt/Agenda/Paginas/dia-mundial-terra.aspx

quarta-feira, 17 de abril de 2024

#Diz Abril com uma canção (II)


#DizAbril com uma canção
#25deabril #50x2 #50xTodos





"A madrugada que eu esperava"

[Verso 1]
Oiço na rua "Revolução"
Soldados de espingarda e cravo na mão
Oiço na rua "Liberdade"
Morte à ditadura na flor da idade
Mas não sangram as ruas da nossa cidade
Nem se ouve um canhão
A renascer das cinzas eles estão
Um pé depois do outro a bater no chão
25 de abril de 74
Morte à censura, viva à liberdade
Que a noite foi escura e estamos cansados deste plantão

Quando a esmola é grande o pobre desconfia
Não acabe a primavera por morrer uma andorinha
Não quer ser lobo, não lhe vista a pеle
Um pássaro a voar, mais vale
Não quer sеr lobo, não lhe vista a pele
Um pássaro a voar, mais vale

[Refrão]
Esta é a madrugada que eu esperava
Sim, esta é a madrugada que eu esperava
Esta é a madrugada que eu esperava
Sim, esta é a madrugada que eu esperava




[Verso 2]
Saem para a rua em manifestação
O povo é a voz da nação
Viva à democracia, às eleições livres
Viva ao fim da guerra, aos finais felizes
Viva ao amor que beija as cicatrizes
É o fim da servidão
Viva a mulher e a igualdade
Viva ao futuro, que o povo é que sabe
O lápis azul já não pinta a verdade
Começa a revolução

A morte é boa conselheira
Mas nasceu torto, tarde ou nunca se endireita
O que arde cura, o que aperta segura
Mas não há fome que não dê fartura
Até as rãs mordiam se tivessem dentes
Gato escaldado não tem medo para sempre
Até as rãs mordiam se tivessem dentes
Gato escaldado não tem medo para sempre

[Refrão]
Esta é a madrugada que eu esperava
Sim, esta é a madrugada que eu esperava
Esta é a madrugada que eu esperava
Sim, esta é a madrugada que eu esperava




[Verso 3]
Uma desgraça nunca vem só
Mas quem ri por último ri melhor
48 voltas ao sol
Morre pela boca o peixe preso no anzol
E mais vale só que mal acompanhado
Mente vazia, oficina do diabo
Não há mal que sempre dure nem bem que não se acabe
Mas quem planta ventos colhe sempre tempestades

[Coro]
E fascismo nunca mais
(Fascismo nunca mais!)
Fascismo nunca mais
(Fascismo nunca mais!)
Fascismo nunca mais
(Fascismo nunca mais!)
Fascismo nunca mais

(Esta é a madrugada que eu esperava)

                                                                           Bárbara Tinoco

Fonte:
Genius, 12.04.2024. Acedido em https://genius.com/Barbara-tinoco-a-madrugada-que-eu-esperava-lyrics

#Diz Abril com uma canção (I)


#DizAbril com uma canção
#25deabril #50x2 #50xTodos





“Por Nos Darem Tanto”

Já não preciso de autorização para viajar
Passaporte já não diz que a casa é o meu lugar
E posso abrir todas as contas que’o meu salário der
Se houver dinheiro não importa
se sou homem ou mulher

E o contraceptivo já não pede a sua a licença
Nascer mulher é uma bênção, não uma sentença
E só vou dormir com quem quiser, e se me der vontade
A maior empresa que há na vida é a liberdade

E eu não quero a tua proteção, quero o teu respeito
Quero fazer junto lado a lado, e fazer bem feito
E a quem perdeu, a quem lutou, a quem rasgou o manto
Vai um abraço infinito por nos darem tanto

Já não preciso de autorização pra me levantar
E gosto ainda mais do meu domingo quando vou votar
Já não vou à missa nem confesso, que pequei de mais
É que eu vim cheia de sonhos, e os sonhos são arsenais
E eu não quero a tua proteção, quero o teu respeito
Quero fazer junto lado a lado, e fazer bem feito
E a quem perdeu, a quem lutou, a quem rasgou o manto
Vai um abraço infinito por nos darem tanto

terça-feira, 16 de abril de 2024

Glossário 25 de abril | Ebook



#50anos25deabril


Autor institucional: #EstudoEmCasa
Publicação: Lisboa, DGEEC - Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência, 2024
N.º pág.: 56 p., il.


Produzido e publicado na plataforma de livre acesso #EstudoEmCasa Apoia, este ebook integra-se no projeto “Meio Século de Democracia: Testemunhos e Memória Intergeracional”, que agrega conteúdos de várias tipologias e formatos relacionados com a temática da Revolução de Abril.

As ilustrações foram elaboradas pelos alunos da Escola Secundária D. Pedro V, do Agrupamento de Escolas das Laranjeiras, em Lisboa. Alguns dos conceitos foram enriquecidos com sugestões (Saber mais…) selecionadas a partir do conjunto de recursos educativos digitais alusivos ao tema. 

Os conceitos apresentados desempenham um papel crucial na compreensão dos eventos históricos que moldaram não apenas o cenário político, mas também o tecido social e cultural de Portugal. Da ação dos Capitães de Abril à abolição da censura e à conquista da liberdade de expressão, passando pela descolonização e pela luta contra o autoritarismo, cada termo remete-nos para uma época de intensa efervescência política e social, marcada pela emergência de um novo paradigma democrático.

Ao abordar temas como a guerra colonial, a nacionalização da banca, a reforma agrária e a descentralização do poder, este glossário não só nos elucida sobre os desafios enfrentados, mas também destaca as conquistas alcançadas durante este período de transição histórica. Por conseguinte, oferece uma visão abrangente e esclarecedora dos acontecimentos e ideias que moldaram a Revolução de Abril e o processo de democratização que se seguiu, celebrando assim o seu legado e a consolidação dos valores democráticos em Portugal. 
(In Apresentação)


Clique ma imagem para descarregar o documento.

segunda-feira, 15 de abril de 2024

Até 25 de abril de 1974 NÃO PODIAS...


#NãoPodias
#50anos25deabril




A campanha #NãoPodias, promovida pela Comissão Comemorativa dos 50 Anos do 25 de Abril, mostra aos jovens de hoje que, durante os 48 anos que durou a ditadura (1926-1974) os portugueses viveram condicionados por uma longa lista de proibições que hoje, sobretudo aos olhos de quem nasceu em Liberdade, parecem inconcebíveis: era proibido debater ideias, discordar, reunir-se, beijar em locais públicos, votar, viajar sem o consentimento do pai ou do marido.

No intuito de sensibilizar os mais jovens para as conquistas da Revolução dos Cravos a comissão comemorativa dos 50 anos da revolução a desafia-os a escolher uma coisa que #NaoPodias fazer antes de 25 de Abril e a partilhar nas redes sociais.

Escreve, filma, fotografa e usa #NãoPodias e #50anos25deAbril.

Identifica a Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril.

NÃO DÊS A LIBERDADE POR ADQUIRIDA.

PARTICIPA!

#Diz Abril



No ano em que se assinalam os 50 anos do momento fundador da democracia portuguesa, a Campanha #DizAbril convida todos a celebrarem nas redes sociais meio século de liberdade de expressão e de pensamento com poemas, canções, imagens ou palavras de ordem.

Nesta comemoração, damos à palavra Abril um significado amplo, para a transformar em liberdade de expressão, e em expressão da festa.

A Biblioteca da ESA aderiu à campanha da Comissão Comemorativa 50 Anos 25 de Abril | 50x2 | Liberdade e Democracia - #DizAbril com um poema, uma imagem, uma canção ou uma palavra de ordem.

Como participar

Para participar, escolhe o teu formato – um poema, uma canção, uma imagem ou palavras de ordem – e descarrega a moldura respetiva.

Link do formato imagem: 

quarta-feira, 10 de abril de 2024

Livro do Mês - Abril de 2024

Elegemos no mês em que se celebra o quinquagésimo aniversário da Revolução de 25 de Abril de 1974 um livro que evoca esse momento histórico único e repleto de esperança, recriando também o que foi a ilusão revolucionária, a desilusão de muitos dos participantes e o árduo caminho para uma Democracia. Trata-se de "Os memoráveis : o romance", de Lídia Jorge.


Sobre a autora:

Romancista, contista e autora de uma peça de teatro, Lídia Guerreiro Jorge nasceu em 1946, no Algarve. Licenciada em Filologia Românica, foi professora liceal em Lisboa e em África onde viveu os anos mais conturbados da Guerra Colonial. Foi membro da Alta Autoridade para a Comunicação Social. 
Na sua obra é uma preocupação central o tema da mulher e da sua solidão como, por exemplo, em Notícia da Cidade Silvestre (1984) e A costa dos murmúrios (1988). O dia dos prodigíos (1979), outro romance de relevo, encerra uma grande capacidade inventiva, retratando o marasmo e a desadaptação de uma pequena aldeia algarvia. O vento assobiando nas gruas (2002) é mais um romance da autora e aborda a relação entre uma mulher branca com um homem africano e o seu comportamento perante uma sociedade de contrastes. Em 2022, a escritora publicou Misericórdia, uma reflexão sobre a humanidade e uma homenagem à sua mãe, Maria dos Remédios, falecida durante a pandemia de Covid-19.
Os seus livros têm-lhe merecido variadíssimos prémios e estão traduzidos para diversas línguas.

segunda-feira, 8 de abril de 2024

Proibido Ler!

 

 #rbe50anos25abril e #50anos25abril


No mês da celebração do 50.º aniversário da Revolução de 25 de Abril de 1974 elegemos o livro Quando os lobos uivam, de Aquilino Ribeiro.

Publicado em 1958 foi alvo de Relatório da Censura (relatório n.º 6 282, de 7 de fevereiro de 1959).  Não foi autorizada a reedição da obra, foi dada ordem de apreensão aos exemplares publicados e em circulação, e, simultaneamente, foram impedidas as críticas na imprensa. A obra valeu, também, ao autor a instauração de um processo-crime e do mandato de captura.

Relatório n.º 6 282 de 7 fev. 1959:

«O autor intitula este livro de romance, mas com mais propriedade deveria chamar-lhe de romance panfletário, porque todo ele foi arquitectado para fazer um odioso ataque à actual situação política.

Escrito numa prosa viril, classifica o governo de piratas e descreve várias Autoridades, Funcionários, Polícia, Guarda Republicana e Tribunais em termos indignos e insultuosos.

Um interrogatório num posto da G.N.R. e uma audiência dum Tribunal Plenário, são focados de uma forma infamantes.

São desnecessárias mais citações, porque basta folhear o livro, encontra-se logo matéria censurável em profusão.

É evidente que, se o original tivesse sido submetido a censura prévia, não teria sido autorizado, porque é, talvez, a obra de maior ataque político que ultimamente tenho lido.

Sucede, porém, estou disso certo, que já devem ter sido vendidos muitas centenas de exemplares, e muitos outros também, já devem ter passado a fronteira, por isso, deixo ao esclarecido critério de V. Exa., decidir se nesta altura, será de boa política mandar apreender o livro (...)»



Título:
Quando os lobos uivam


Autor:
Aquilino Ribeiro


Coleção:
Romances completos de Aquilino Ribeiro, n.º 17


Publicação:
Lisboa : Círculo de Leitores, imp. 1984


N.º páginas:
260 p.






Fonte:
Universidade de Coimbra. Livros proibidos durante o Estado Novo : Quando os lobos uivam. Acedido em 08.04.2024 em https://www.uc.pt/bguc/atividades/livros-proibidos-durante-o-estado-novo/quando-os-lobos-uivam/

sexta-feira, 5 de abril de 2024

Ciclo de conferências na Livraria Snob

A Livraria Snob inaugura em Maio um ciclo de conferências, sempre às 4.ªs feiras, das 21h às 23h. Esta primeira parte do ciclo será com a snob Rosa Azevedo mas a partir de Setembro contam ter convidados a falar dos mais diversos temas. As inscrições podem ser efetuadas na livraria ou a partir do email formacaosnob@gmail.com. 

A participação nas conferências podem ser presencial, zoom ou diferido e sujeitas a pagamento: 
1 dia - 15€ / 5 dias - 60€ / 10 - dias 100€ 

PROGRAMAÇÃO:

8 de Maio
Surrealismo português

15 de Maio
A edição em Portugal no séc XXI

22 de Maio
A literatura contemporânea portuguesa, desde 1980

29 de Maio
As causas femininas do pós-25 de Abril

5 de Junho
Novas Cartas Portuguesas, o momento transgressor

12 de Junho
As mulheres escritoras e os anos 50 - a década da revolução literária

19 de Junho
O lado B da literatura portuguesa do séc XX - prosa

26 de Junho
O lado B da literatura portuguesa do séc XX - poesia

3 de Julho
A literatura hispano-americana - origens e contextos

10 de Julho
As irmãs Brontë

LOCAL:

Livraria Snob, Travessa de Santa Quitéria 32A, Lisboa

terça-feira, 2 de abril de 2024

25 de Abril SEMPRE! | Exposição


 De 4 de Abril a 31 de Janeiro de 2025




No momento em que se celebra os 50 anos do 25 de Abril, O Museu do Aljube Resistência e Liberdade inaugura a exposição "25 de Abril SEMPRE!" com vista a quem a visita refletir sobre as conquista da Revolução de 25 de Abril de 1974.

O antigo Parlatório da Cadeia do Aljube em Lisboa, local que serviu para o encontro dos prisioneiros com as visitas do exterior, sempre divididos por uma separação, foi o espaço escolhido para alojar esta exposição temporária, que convida a uma reflexão sobre resistências, e também sobre preservação, construção e partilha de memória democrática.

A inuaguração está prevista para as 16H00 do dia 4 de abril.

Mais informações >>

quarta-feira, 27 de março de 2024

Boa Páscoa!

A toda a Comunidade educativa da Escola Secundária da Amadora, os nossos desejos de uma doce Páscoa, com muito descanso e a companhia de um bom livro.

terça-feira, 26 de março de 2024

Circulação do fundo documental no 2.º Período – ano letivo 2023/2024

Divulgamos os dados estatísticos referentes aos empréstimos realizados de 3 de janeiro até 22 de março de 2024

Registaram-se os seguintes empréstimos à Comunidade Escolar:


Alunos – 34 requisições;

Professores – 19 requisições;

Destacam-se as turmas que registaram:

ϖ Maior número de requisições: 

• 1.º - 10.º 10 e 12.º 08 - com 5 requisições;

• 2.º - 11.º 07 - com 4 requisições;

• 3.º - 10.º 07 – com 3 requisições.

ϖ Maior número de requisições domiciliárias: 

• 1.º - 12.º 8 – com 5 requisições;

• 2.º - 10.º 7 e 11.º 07 – com 3 requisições;

• 3.º - 12.º 06 – com 2 requisições.

ϖ Os alunos que apresentaram maior número de requisições domiciliárias (2 requisições) foram:

• Edna Félix – Turma 10.º 07; 

• Flávia da Silva – Turma 12.º 06; 

• João Olmo – Turma 11.º 07; 

• Lucas Zhen – Turma 12.º 08.


ϖ Total de empréstimos domiciliários a alunos: 24


ϖ Nº de alunos que levaram documentos para casa: 20



Utilização da BE/CRE em acesso livre no 2.ºPeríodo – ano letivo 2023/2024

Divulgamos, de seguida, os dados estatísticos relativos à frequência, em regime livre, da Biblioteca Escolar – Centro de Recursos Educativos de 3 de janeiro até 22 de março de 2024.

Salienta-se os seguintes dados:

¬ Nº de dias do funcionamento da BE/CRE: 46

¬ Nº de utilizadores registados: 412

¬ Nº de alunos envolvidos: 195


¬ Os 3 alunos que frequentaram mais assiduamente a biblioteca escolar:

• 1º - Mário de Jesus – Turma 10.º 14 – com 22 inscrições;

• 2º - Eliane Rocha – Turma 10.º 04 – com 21 inscrições;

• 2º - Hevelly Vitória – Turma 10.º 10 – com 16 inscrições;


¬ Turma + frequentadora:

• 1º - Turma 10.º 14 - com 48 inscrições;

• 2º - Turma 11.º 10 – com 34 inscrições;

• 3º - Turmas 10.º 04 e 12.º 13 – com 33 inscrições.


¬ Horas com maior número de utilizadores:

• 1º - 09:30H – 10:30H – com 70 inscrições;

• 2º - 16:30H – 17:30H – com 60 inscrições;

• 3º - 13:30H – 14:30H – com 55 inscrições.


¬ Dias da semana com maior afluência:

• 1º - 5.ª Feira – com 125 inscrições;

• 2º - 2.ª Feira – com 88 inscrições;

• 5º - 4.ª Feira – com 76 inscrições.


¬ Dia com maior frequência:

• 11-01-2024 – com 27 inscrições;


¬ Atividades que envolveram mais alunos:

• 1º - Consulta de documentação/ Leitura/ Estudo – 284 inscrições;

• 2º - Consulta multimédia: trabalhos escolares – 69 inscrições;

• 3º - Leitura informal – 25 inscrições.

 


Utilização da BE/CRE em contexto letivo no 2.ºPeríodo – ano letivo 2023/2024

Divulgamos, de seguida, os dados estatísticos relativos à frequência, em contexto letivo, da Biblioteca Escolar – Centro de Recursos Educativos de 3 de janeiro até 22 de março de 2024.


Salienta-se os seguintes dados:

Total de ocupações em contexto letivo: 49

Nº de aulas ministradas na BE/CRE: 45

Nº de turmas envolvidas: 24

Nº de disciplinas envolvidas: 12

Nº de alunos inscritos em contexto letivo: 762

Turmas com mais aulas na BE/CRE: 11.º 12

Disciplina com maior número de aulas na BE/CRE: Filosofia

Mês com maior nº de aulas: Fevereiro


segunda-feira, 25 de março de 2024

Dia dos autores europeus

 25 de março


O dia dos autores europeus foi uma iniciativa da Comissão Europeia que se assinalou pela primeira vez no ano passado, em 27 de março. A segunda edição comemora-se hoje.

A iniciativa visa celebrar a literatura europeia, sobretudo junto das gerações mais jovens, incentivando o seu interesse pela leitura e pelos livros, ajudando-as a explorar a riqueza da literatura europeia e a diversidade linguística na Europa.

A propósito desta data desafiamos os nossos leitores e testarem os seus conhecimentos sobre autores europeus e suas obras.

quinta-feira, 21 de março de 2024

Celebre a poesia!


E porque hoje é o DIA MUNDIAL DA POESIA deixamos aqui um desafio…deixe-nos um texto de sua autoria ou não… pode ser um poema que goste, uma frase, um pensamento, uma transcrição do seu autor favorito…

Participe!!!

Campanha SeguraNet: “Aplicações Suportadas por IA”



"Aplicações suportadas por Inteligência Artificial (IA)” é o título da campanha que pretende sensibilizar para questões relacionadas com a Inteligência Artificial (IA).

Promovida pela Direção-Geral da Educação, no âmbito do Centro de Sensibilização SeguraNet e integrada na ação do Centro Internet Segura, esta campanha é composta por um conjunto de ilustrações com recomendações dirigidas aos alunos sobre as aplicações suportadas por IA.









Consulte os vídeos com recomendações de especialistas nacionais e outra documentação de referência sobre Inteligência Artificial e a Educação.

A campanha disponibiliza também uma brochura informativa, dirigida a pais e educadores, intitulada "O que Pais e Educadores precisam de saber sobre as Aplicações Suportadas por IA"


quarta-feira, 20 de março de 2024

O 25 de Abril na minha terra | Concurso



A 4.ª edição do concurso História Militar e Juventude "O 25 de abril na minha terra" promovido pela Comissão Portuguesa de História Militar (CPHM) e pela Associação de Professores de História (APH), em parceria com a Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril, o Plano Nacional de Leitura 2027, a Associação dos Municípios Portugueses, a Associação 25 de Abril e da Liga dos Combatentes, pretende desenvolver o interesse pela pesquisa, reflexão e divulgação da história do 25 de Abril e da história militar local.

O concurso desafia os participantes a retratarem, nos seus trabalhos, o essencial do dia 25 de Abril de 1974. Podem fazê-lo através da vivência da população, ou das ações desenvolvidas pelos protagonistas.

Prazo de inscrição no concurso:

Participantes do concurso:
  • Alunos dos 10 aos 19 anos, que frequentam o 2.º e 3.º ciclos e o secundário (regular e profissional), com trabalhos a título individual, a pares (dois alunos) ou coletivos (de turma).

Formato dos trabalhos a apresentar:
  • Formato digital escrito ou vídeo audio

Prazo de receção dos trabalhos:
  • Alunos do 2.º CEB: 28 de abril
  • Alunos do 3.º CEB: 08 de maio
  • Alunos do Ensino Secundário: 19 de maio

Consulte o Regulamento para mais informações.

Vídeo promocional:


terça-feira, 19 de março de 2024

O essencial sobre a PIDE | Ebook


Título: A PIDE
Autor: Irene Flunser Pimentel 
Coleção: O essencial sobre...; n.º 153
Publicação: Lisboa: Imprensa Nacional, 2024
N.º pág.: 144 p.



Sinopse:

A história da ditadura e da repressão, bem como da sua polícia política, é assim também a história das formas de sedução e cooptação de parte da população, bem como das cumplicidades e dos modos utilizados pelos governados para se adaptarem às regras desses regimes e até deles beneficiarem. 

Assim como nem todos os portugueses se ergueram contra a ditadura, nem todos foram vítimas da polícia política e alguns colaboraram com esta.
In Bertrand

Para aceder clique na imagem.

O essencial sobre José Saramago | Ebook

Título: José Saramago
Autores: Carlos Reis, Sara Grünhagen
Coleção: O essencial sobre...; n.º 152
Publicação: Lisboa, Imprensa Nacional, imp. 2023
N. pág.: 224, (4) p.


Ao manter a missão de promover a cultura portuguesa e universal e apoiar a democratização do acesso à cultura, a Imprensa Nacional, mais uma vez, edita obras essenciais.

Deste vez trata-se de "O essencial sobre José Saramago", com acesso também através da imagem.

Sinopse
«Aquilo que neste livro se entende como essencial em José Saramago corresponde à sua específica identidade como escritor, com a singularidade e com as propriedades que o diferenciam, nos seus fundamentos e manifestações. Mas isso não é tudo. No autor de Memorial do Convento afirma-se também uma condição de cidadão e de homem político, pensando o seu tempo e os fenómenos sociais e culturais que o conformam. Para o que aqui importa, isso é igualmente essencial em Saramago, até porque aquela condição de cidadão não é estranha às obras literárias com as quais ela interage, em termos muito expressivos.»
In Contracapa

segunda-feira, 18 de março de 2024

Cadernos de língua portuguesa | Ebook


Título: Cadernos de Língua Portuguesa :  formação de palavras : classes de palavras : concordância verbal : semântica : pontuação
Autores institucionais: ' Ciberdúvidas da Língua Portuguesa e ISCTE
N.º edição: 1.ª ed. Data de publicação: dezembro de 2023
N.º pág.: 40 p.

Cadernos de língua portuguesa é uma coleção resultante da seleção de conteúdos do Consultório do Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

Cada caderno subordina-se a uma ou mais áreas temáticas, e o primeiro que agora se disponibiliza visa esclarecer dúvidas de domínios básicos do funcionamento do português: 
  • a formação e as classes de palavras,
  • a concordância verbal,
  • o significado de verbos e frases (semântica)
  • a pontuação.  
Como se lê na introdução deste n.º 1 dos Cadernos de Língua Portuguesa, «o público-alvo desta publicação, em formato digital, são os leitores e consulentes habituais do espaço Ciberdúvidas, nomeadamente professores, alunos, tradutores, jornalistas e investigadores», incluindo o público estudantil do ISCTE.

quinta-feira, 14 de março de 2024

50.º Aniversário da Revolução de 25 de abril | Infografias PORDATA



A democracia em Portugal faz 50 anos em 2024! 

Desde 23 de março de 2022, passámos a viver mais tempo em liberdade do que em ditadura. Assim, para celebrar o 50.º aniversário do 25 de abril de 1974, a Pordata e a Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS) iniciaram um ano de debates sobre o país que éramos então e que somos agora.

Todos os meses têm publicado mini-infografias sobre as mudanças profundas que ocorreram, entre a década de 1970 e o presente, no emprego, na população, na economia, entre outras áreas importantes da vida nacional.

Reconhecendo o interesse dessas infografias para o público escolar, a RBE estabeleceu uma parceria com a FFMS, que, no início de abril, irá oferecer uma coleção impressa das infografias aos 448 Agrupamentos de Escolas/ Escolas Não Agrupadas inscritas na primeira fase de inscrição na iniciativa Abril depois de Abril. O Agrupamento de Escolas Pioneiros da Aviação Portuguesa está incluído neste conjunto de escolas.

Paralelamente, a RBE irá disponibilizar algumas sugestões de exploração, que poderão ser usadas no âmbito da exposição física possibilitada pelos cartazes que as bibliotecas vão receber.

Atividade integrada na iniciativa Abril depois de Abril, designadamente no âmbito das propostas Fazer abril e Abril em dados.

quarta-feira, 13 de março de 2024

terça-feira, 12 de março de 2024

A rede de escritores do sexo feminino

Tendo em consideração, embora com atraso, a comemoração do Dia Internacional da Mulher divulgamos o mapa desenhado pela Biblioteca Barbican que representa, em forma de rede, as mulheres escritoras mais populares por género literário.

segunda-feira, 11 de março de 2024

Poesia-ciência aquática com Marina Palácio | Trabalhos produzidos pelos alunos

A partir do livro "O tratado do silêncio" Marina Palácio deu a conhecer a beleza do mar profundo e a singularidade dos seres vivos que o habitam a mais de 1000 metros de profundidade, muitos dos quais ainda desconhecidos por nós.

Perante a questão "Como serão os belos e estranhos habitantes bioluminescentes do mar profundo?" os alunos criaram diferentes seres marinhos a que tiveram de dar o nome, definir o comportamento, situar num oceano, e mencionar outras características.


Aqui fica uma compilação dos trabalhos produzidos: