sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

"Nenhum homem é uma ilha"
carta de despedida de Lídia Jorge ao Reino Unido

Foto: Sapo 24


O jornal britânico The Guardian convidou uma série de ilustres — um por cada estado-membro da União Europeia — para se despedir do Reino Unido. No especial publicado esta sexta-feira, 31 de janeiro de 2020, dia do adeus, Lídia Jorge foi convidada a escrever o texto de Portugal.


Com recurso à ironia, a escritora portuguesa lembrou ao Reino Unido que "nenhum homem é uma ilha":



Ninguém deve menosprezar a vossa decisão de seguir sozinhos.


Talvez o melhor que podemos desejar é que o Reino Unido, finalmente liberto do pesadelo europeu, rume para novas margens, parcerias e oportunidades — e aquilo que for bom para o Reino Unido não será mau para os seus ex-parceiros europeus.

Obviamente que ninguém deve menosprezar a decisão dos britânicos de seguir sozinhos. Isso foi longamente debatido. As nações têm o seu ego, como disse James Joyce. Se outros países europeus lidassem com crises como ilhas, talvez também eles ansiassem por recuperar a grandeza do passado. Portugal teve a sua próprio experiência nos anos 1950, quando o ditador "tin-pot" [expressão inglesa atribuída a ditadores de países pequenos que acham que são mais importantes do que são de facto] António Salazar proclamou que iríamos ficar orgulhosamente sós.

É suposto que o Reino Unido, de novo como uma ilha, siga à deriva no Atlântico em direção aos Estados Unidos. A América estará à espera, de braços abertos, com as suas boas maneiras e jogo limpo, personificados pelo atual presidente. Ele irá explicar a Boris Johnson que as alterações climáticas não existem, que é bom continuar a explorar minas de carvão e que a lei internacional foi ultrapassada pelo Twitter.

Mas as escolas na Europa vão continuar a ensinar a linha poética de John Donne que diz que "Nenhum homem é uma ilha".


É de referir que o The Guardian é contra a saída do Reino Unido da União Europeia, tendo tornado público o seu posicionamento.

O "casamento" de 47 anos entre o Reino Unido e a União Europeia chegou hoje ao fim, às 23h00 desta sexta-feira. Para que o "divórcio" não seja inteiramente litigioso, segue-se um período de transição que vigorará até 31 de dezembro.

Foi a 01 de janeiro de 1973 que o Reino Unido aderiu à então Comunidade Económica Europeia, mas num referendo realizado em junho de 2016, a maioria dos britânicos preferiu sair do bloco.

O período de transição começa a contar a partir de agora e vai até 31 de dezembro de 2020, durante o qual o Reino Unido continua a respeitar as normas europeias a fazer parte do mercado único europeu.

Designado oficialmente por Período de Implementação, mantém na prática o Reino Unido dentro do mercado único, estando obrigado a respeitar as regras europeias, mas sem estar representado nas instituições de Bruxelas nem participar nas decisões.

O objetivo é evitar uma mudança repentina, dando tempo a que empresas e cidadãos se adaptem.

As negociações, oficialmente, só deverão começar em março, e os termos ficaram definidos na declaração política que acompanha o Acordo de Saída negociado pelo primeiro-ministro, Boris Johnson.

Fonte:

JORGE, Lídia; "Com ironia e por Portugal. A carta de despedida de Lídia Jorge ao Reino Unido publicada no The Guardian". Sapo 24, 31/01/2020. (Em linha) (Consult. 31/01/2020) Disponível em https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/com-ironia-e-por-portugal-a-carta-de-despedida-de-lidia-jorge-ao-reino-unido-publicada-no-the-guardian.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

Vamos ler em voz alta!



No dia 1 de fevereiro celebra-se o Dia Mundial da Leitura em Voz Alta. Por isso, desafiamos toda a Comunidade Educativa a juntar-se a esta celebração realizando atividades de leitura em voz alta, que poderão ser divulgadas pelo PNL2027 a partir do seu Portal.

Na semana de 27 de janeiro a 1 de fevereiro, inspire-se nas sugestões do PNL2027, participe com os recursos de que dispõe e promova a leitura em voz alta como objeto de prazer e liberdade.

Depois, faça-nos chegar o registo da(s) iniciativa(s) que concretizou, indicando a designação da atividade; local; data/horário, para as divulgarmos e inserirmos os links das ligações de acesso aos materiais relativos às atividades (videos, podcasts, Instagram ou outros) no formulário disponibilizado pelo PNL2027.

Sugestões do PNL2027

➤Mapa de leituras em Voz Alta – leituras livres em voz alta de textos gravados em MP3 (tempo máximo: 2 minutos).

➤Desafios PNL2027 - Ideias de Leitura em Voz Alta propostos pelo PNL2027.

➤Leituras bilingues – levantamento das nacionalidades que a comunidade engloba; convite, a diferentes elementos da comunidade, para a leitura de um texto na sua língua materna, seguida da respetiva tradução.

➤Encontros de leitura – encontros de crianças ou jovens para partilha de leituras em voz alta, entre si ou com a comunidade.

➤Livros humanos – partilha de histórias e leituras em voz alta envolvendo famílias, contadores, escritores e figuras públicas.

➤Maratona de leituras – ligação entre diferentes instituições, por exemplo através do Skype, num horário acordado, para partilha de leituras em voz alta.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

Educação para o Holocausto



O Congresso Mundial Judaico (WJC) e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), estabeleceram aboutholocaust.org com o objetivo de fornecer aos jovens informações essenciais sobre a história do Holocausto e o seu legado.

A ferramenta on-line interativa inclui uma variedade de conteúdos - factos que todos os alunos devem conhecer, testemunhos em vídeo de sobreviventes e as atualizações mais recentes de notícias sobre os programas e atividades educativas do Holocausto - todos projetados para lidar com as informações erradas (desinformação) que circulam pelos media sociais e outros fóruns da Internet.

No aboutholocaust.org a ferramenta "Fazer uma pergunta", permite aos utilizadores fazer perguntas específicas sobre o Holocausto. Se o site não contiver as informações procuradas pelo utente, a sua questão será submetida a um especialista que fornecerá uma resposta.

É preciso lembrar!



Setenta e cinco anos atrás, em 27 de janeiro de 1945, o Exército Vermelho libertou o campo de Auschwitz-Birkenau. O maior campo de extermínio de todos os tempos, onde mais de 1,3 milhão de pessoas, a maioria judias, foram mortas.

A libertação deste complexo de extermínio nazi constituiu um marco pois após ele e à medida que os Aliados progrediam muitos outros campos foram libertados como Dachau, perto de Munique; Buchenwald, no leste da Alemanha; Ravensbrück, a 90 kms de Berlim; Mauthausen, a 20 kms de Linz, na Áustria; entre outros.



Sobre este campo leia os seguintes artigos:





O trabalho forçado no III Reich | Conferência



No âmbito da evocação do Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, que se comemora anualmente no dia 27 de janeiro, o grupo de recrutamento de História (400) promove uma conferência subordinada ao tema "O trabalho forçado no III Reich" que o historiador Fernando Rosas irá apresentar amanhã, dia 28 de janeiro, às 10.00 horas, no auditório da Biblioteca Municipal da Amadora.

O interesse da conferência e do trabalho de investigação a ela subjacente justificam que a lotação do auditório se encontre já esgotada.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Miúdos a votos: quais os livros + "fixes"?
Os candidatos do Ensino Secundário

Miúdos a votos: quais os livros mais "fixes"? é uma iniciativa da VISÃO Júnior e da Rede de Bibliotecas Escolares que cruza cidadania e literacia e que se realiza, no ensino secundário, este ano pela segunda vez consecutiva.

Alunos e alunas de mais de 783 escolas inscritas nesta iniciativa enviaram os títulos que mais gostaram de ler até hoje. A partir de todos os títulos apresentados pelos alunos, e com o apoio da Pordata, foi constituída uma lista final nacional dos livros candidatos que irão a votos a 17 de março. Para entrar na lista, foi necessário recolher um número mínimo de candidaturas, tal como os candidatos a umas eleições presidenciais têm de apresentar um número mínimo de assinaturas.

Foram 30 409 os alunos que apresentaram os seus livros preferidos como candidatos às eleições de «Miúdos a Votos». Os livros que obtiveram mais de 50 nomeações nos 1º, 2º e 3º ciclos, e mais de 22, no Secundário, integram as listas que vão à votação nacional.

Os livros apurados no ensino secundário que vão às urnas são apresentados num seguinte cartaz:

Cartaz elaborado pelo aluno Diogo Santos, da turma 11.º 12

Já conhecidos os livros apurados e usando o mesmo processo de umas eleições políticas, os alunos farão campanha eleitoral pelos livros que mais gostaram de ler até hoje, estimulando a curiosidade dos colegas e amigos e fazendo com que eles também tenham vontade de ler. Ao mesmo tempo, estarão a aprender como se organizam umas eleições e para que servem. E a treinar como se transmitem aos outros, de forma convincente, as suas ideias!

Durante a campanha eleitoral, a defesa pública do candidato pode ser feita dentro da sala de aula (equivalente a uma ‘sessão de esclarecimento’), na biblioteca escolar ou na sala de alunos (equivalente a um ‘comício’), através de cartazes afixados na sala de aula, na biblioteca ou noutro local público da escola (‘cartaz’) ou das redes sociais e meios digitais da escola (equivalente a ‘tempo de antena’). Poderão também organizar debates entre vários candidatos e desenvolver outro tipo de material de propaganda, como autocolantes, pins, folhetos, etc.

Nas edições de fevereiro e março, a revista VISÃO Júnior dará espaço aos candidatos – quer fazendo entrevistas a alunos, quer publicando trabalhos escritos e cartazes. A partir de 3 de fevereiro, altura em que começa a campanha eleitoral, e até 15 de março, a cobertura estender-se-á à página da VISÃO Júnior na internet e ao Facebook.

A campanha termina a 15 de março.

Dia 16 será o dia de reflexão.

Na ESA serão defendidos os livros: 
  • "O principezinho", de Antoine de Saint-Exupéry; 

  • "As vantagens de ser invisível", de Stephen Chbosky.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

Miúdos a votos | Tempos de antena



A lei eleitoral do nosso país prevê tempos de antena na rádio e na televisão para todos os candidatos, assegurando assim que todos os partidos têm igualdade de oportunidades para transmitir a sua propaganda. Seguindo o mesmo princípio, «Miúdos a Votos» terá tempos de antena, a transmitir na Rádio Miúdos, a partir de 20 de fevereiro. Cada tempo de antena terá o máximo de um minuto e meio.

Para que todos os livros tenham pelo menos um tempo de antena, a Biblioteca terá de indicar, até 24 de janeiro, os livros sobre os quais os alunos vão gravar podcasts. A ideia é que a VISÃO Júnior consiga programar as reportagens de forma a visitar o maior número de escolas possível. O prazo limite de envio das gravações é até 3 de fevereiro.

Se houver mais do que uma gravação para o mesmo livro, só uma passará na Rádio Miúdos; as outras ficarão disponíveis no sítio da VISÃO Júnior. Antes do início da campanha eleitoral na rádio, a VISÃO Júnior divulgará um calendário de transmissão dos tempos de antena, de forma a que os alunos possam ouvir o seu trabalho. A grelha de transmissão será enviada para as escolas e divulgada nos canais online da Visão Júnior, RBE, PNL e Rádio Miúdos.

⟹Dicas sobre como gravar em boas condições técnicas o podcast e a informação que nele deve constar:

Instruções para a gravação de podcasts

É simples gravar voz com uma qualidade razoável, recorrendo, por exemplo, a um smartphone. Nos vários sistemas existem apps gratuitas que permitem gravações de boa qualidade (AudioRecorder para Sony Android e AVR para sistemas IOS). Em gravações no exterior ou interior podem seguir-se algumas regras básicas:

I. Para conseguir a melhor qualidade de som, convém encontrar o espaço (em casa/ na biblioteca) que tem menos reverberação, ou seja, menos eco. Basta bater as palmas numa cozinha ou num quarto para perceber o que é reverberação. Na cozinha normalmente faz mais “eco”. Normalmente, a melhor divisão para gravar é aquela que tem mais móveis, pois estes ajudam a “cortar” o eco. Numa biblioteca, o espaço que tiver mais livros é o melhor.

II. Depois de encontrar o melhor espaço, deve escolher-se o cantinho mais agradável para estar sentado a ler ou a dizer o que se quer gravar. O leitor/ locutor deve colocar-se o mais perto possível do canto, de costas para a parede, com o telefone a cerca de um palmo da boca e experimentar gravar a voz.

Se for uma turma inteira a participar, devem sentar-se em círculo e colocar o telefone no centro.

III. Quando a gravação for feita no exterior, deve aproximar-se um pouco mais o telefone da boca de quem estiver a falar.

Nota: Não esquecer que o microfone dos telefones está em baixo. Por isso, ao gravar voz deve colocar-se o telefone de pernas para o ar.

IV. No final, ouvir sempre a gravação para verificar se é preciso repetir ou se está em boas condições.

V. Na gravação de um podcast para um tempo de antena terão de dizer obrigatoriamente, por esta ordem:

1. O nome da escola (Só mesmo o nome, sem nenhumas palavras antes e com uma pequena pausa depois);

2. O ano e turma a que pertencem;

3. O título e o autor do livro que vão defender;

4. O que têm para dizer acerca do livro.

5. Quando apelam ao voto, não devem mencionar o código do livro pelo qual estão a fazer campanha, mas apenas o seu título. Exemplo: “Vota A árvore generosa” (e não “Vota A01”).

VI. Os podcasts deverão ter a duração máxima de 1min 30s e ser enviados em formato mp3 para miudosavotos@visao.pt até 3 de fevereiro.

O nome do ficheiro a enviar deverá ser o código do livro e o nome da escola (conforme a inscrição). Por exemplo: D11 + Escola Secundária da Amadora. Em “assunto” deverão escrever «Miúdos a Votos – Tempo de antena» e no texto do mail deverão mencionar o nome da escola, do professor responsável, da turma (ou grupo) e do livro.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

Evocação dos 25 anos da morte de Miguel Torga



Assinala-se hoje, dia 17 de janeiro, 25 anos que morreu o médico e escritor Miguel Torga, pseudónimo de Adolfo Correia da Rocha.

Miguel Torga nasceu em Vila Real, no dia 12 de agosto de 1907, estudou medicina em Coimbra, cidade que elegeu para viver e onde veio a morrer no dia 17 de janeiro de 1995, com 87 anos.

Saiba mais sobre a sua vida e obra aqui

quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

José Saramago: 20 anos do Prémio Nobel (1998-2018)



A exposição «José Saramago: 20 anos do Prémio Nobel» foi produzida pela Fundação José Saramago e pelo Instituto Camões e é composta por 22 painéis bilingue (em português e em inglês) com fotografias de Estelle Valente, textos de Ricardo Viel e ilustrações de Gonçalo Viana.

Esta exposição comemorativa dos 20 anos do Prémio Nobel de Literatura de José Saramago foi cedida pela biblioteca da Escola Secundária Seomara da Costa Primo e será apresentada de 20 a 30 de janeiro, no polivalente da nossa escola.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

Encontro com o autor... Isaac Jaló

Numa iniciativa da biblioteca escolar, o jovem autor Isaac Jaló visitou ontem, dia 14 de janeiro, a Escola Secundária da Amadora para falar com os alunos de cinco turmas de 11º e 12.º ano, sobre o seu primeiro romance “Islâmicos 14:38” e do seu percurso de vida.

O nosso convidado cativou a audiência tendo-se revelado um contador de histórias e defensor do respeito pelo outro e pelos direitos humanos. 

É também de realçar a importância dada pelo orador à tolerância entre as várias religiões, ao valor dos sentimentos que se adquirem com a educação e ao risco que comporta a ignorância e o preconceito.

A escrita e, em particular, o livro que apresentou, assumem um papel de denúncia contra a crueldade de muitas “tradições” que violam a integridade física e psicológica, como sucede com a prática ritual da mutilação genital feminina, que o autor condena e que, segundo dados da ONU vitima cerca de 200 milhões de meninas e mulheres em todo o mundo.

Para finalizar a sessão, o autor leu um trecho do seu livro e um poema ainda inédito, a pedido da assistência, a que se seguiu uma sessão de autógrafos.

Aqui ficam algumas imagens da sessão:


Slidely by Slidely Slideshow

terça-feira, 14 de janeiro de 2020

A Casa do João - Revista de literatura infantil e juvenil


A casa do João | Janeiro 2020, nº 10

A Casa do João – Revista de Literatura Infantil e Juvenil” dirigida por João Manuel Ribeiro destina-se a crianças, pais, educadores e professores.

Com periodicidade trimestral e editada pela Tropelias & Companhia – Associação Cultural apresenta como tema "Literatura Infantil e Juvenil (LIJ) e Ciência" porque "cientes de que há boa literatura infantil e juvenil que versa e trata o tema da ciência, este número da revista A Casa do João, de janeiro de 2020 é a ela dedicado.

Assim é dado a conhecer António Gedeão, o escritor português que melhor e mais profundamente estabeleceu pontes entre a literatura e a ciência; é entrevistado o físico e cientista Carlos Fiolhais e divulga-se o Centro Ciência Viva de Vila do Conde e o Sea Life!

Além destes destaques, há outros assuntos que se conectam com a ciência, em algum dos seus ramos ou domínios." 
In: Editorial

Para aceder à revista clique na respetiva capa.

Faça o download dos números anteriores aqui

segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

O livro eletrónico dez anos depois
Uma revolução que nunca chegou



 No início de 2010, o mundo parecia estar preparado para uma revolução do livro eletrónico. Dez anos depois, as vendas estabilizaram, correspondendo 20% a livros eletrónicos e 80% a livros impressos.

O Amazon Kindle, lançado em 2007, incorporou efetivamente os e-books. Em 2010, ficou claro que os e-books não eram apenas uma moda passageira, mas que tinham vindo para ficar. Pareciam preparados para ser uma tecnologia disruptiva para a indústria editorial. Os analistas previam com confiança que os millennials iriam acolher os livros eletrónicos de braços abertos, abandonando os livros impressos e que as vendas continuariam a aumentar, para ocupar cada vez mais espaço no mercado e que o preço dos livros eletrónicos continuaria a cair e o mundo editorial mudaria para sempre.

Porque é que os nativos digitais, a geração Z e a geração do milénio têm tão pouco interesse nos livros eletrónicos? “Eles estão sempre ligados, vivem nas redes sociais, mas, quando se trata de ler um livro, fazem-no em papel."

Quem são as pessoas que realmente compram livros eletrónicos? São principalmente os boomers. “Os leitores mais velhos são os que mais gostam de ler digitalmente”, diz Albanese. “Eles não precisam de ir à livraria. Podem aumentar o tamanho da fonte. Para eles, o novo formato é conveniente.”

Os livros eletrónicos não só se vendem menos do que todos previam no início da década, como também custam mais do que se pensava e, por vezes, até mais do que o seu equivalente impresso.

Então o que aconteceu? Porque falhou a inevitável revolução dos livros eletrónicos?


Referência: 
Grady, Constance, O livro electrónico dez anos depois, uma revolução que nunca chegou. Vox, 2019. (Em linha) (Consult. 13.01.2020) Disponível em https://www.vox.com/culture/2019/12/23/20991659/ebook-amazon-kindle-ereader-department-of-justice-publishing-lawsuit-apple-ipad

quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

Ideias de leitura e de escrita
Janeiro 2020



Ideias de leitura | jan 2020

Mensalmente o Plano Nacional de Leitura 2027 (PNL2027) lança um desafio de leitura.

O desafio de leitura consiste na elaboração de uma lista de categorias de obras literárias que incita o leitor a ler, pelo menos, um livro que se encaixe na categoria descrita.

Para participar nesta iniciativa basta escolher um desafio, ler e partilhar a capa do livro aqui, com o número do desafio, seguido do mês: N.º do Desafio_Mês (ex.: 1_jan).

Aqui fica a proposta:



Ideias de escrita | jan 2020

Mensalmente o Plano Nacional de Leitura 2027 (PNL2027) lança um desafio de escrita.

Para participar nesta iniciativa é necessário escolher um dos desafios, escrever um texto e partilhar aqui, com o número do desafio, seguido do mês: N.º do Desafio_Mês (ex.: 1_jan).

Eis a proposta deste mês:


PNL | Livros recomendados - 2.º semestre de 2019



O Plano Nacional de Leitura 2027 (PNL2027) divulga no seu portal, os livros recomendados do 2.º semestre de 2019. As sugestões de leitura incluem temas variados e destinam-se a públicos diferenciados, crianças, jovens e adultos.

Os livros apresentados resultam de uma seleção prévia feita pelas editoras, a quem o PNL2027 manifesta o seu agradecimento, e posteriormente apreciada por um conjunto de especialistas independentes, de reconhecido mérito e qualificação nas diferentes áreas.

Os títulos são disponibilizados no catálogo online constituído em parceria com a Rede de Bibliotecas de Lisboa (BLX), cuja pesquisa pode ser realizada no portal do PNL2027 ou da BLX.

Boas leituras!

Revista de Ciência Elementar de dezembro de 2019 disponível na biblioteca



A versão impressa do número de dezembro de 2019, da Revista de Ciência Elementar, da Casa das Ciências já se encontra disponível para consulta e/ou empréstimo na nossa biblioteca.


Este número contém:

⤿ Editorial: Feliz Natal e Bom Ano Novo!

⤿ Artigos:
A ciência e o crime;
Identificação genética através de análises de DNA;
Criptografia e criptoanálise;
Copenhagen;
Poluição, um veneno silencioso;
A escrita manual a desvendar mistérios;
Falsificação de obras de arte;
Fraudes e falsificações na Arte e Arqueologia desmascaradas pela datação por Carbono 14;
Reconhecimento facial.

⤿ Imagem em destaque: Grão de pólen de Hibicus.

Para aceder ao formato digital deste número clique na imagem da capa.

AdolesCiência | Revista júnior de investigação
Vol. 6 - Dezembro 2019



A revista AdolesCiência - Revista Júnior de Investigação é uma revista da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Bragança, com o ISSN 2182-6277.

É uma publicação electrónica de carácter multidisciplinar, na qual participam alunos do ensino básico e secundário e alunos do ensino superior, em parceria com os seus professores, com arbitragem científica independente e disponível em acesso aberto.

O volume respeitante ao mês de dezembro de 2019 já se encontra disponível e é composto por 8 artigos, 2 relatos e 1 entrevista, que evidencia alguns dos bons exemplos da investigação científica que se produz nestes níveis de ensino.

Aceda à 6.ª edição clicando na capa da revista.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

À conversa com o autor... Isaac Jaló


Na próxima terça-feira, dia 14 de janeiro, receberemos a visita do escritor Isaac Jaló. Pelas 10H00, os alunos de algumas turmas de 11º e de 12º anos, poderão participar, no auditório da Escola Secundária da Amadora, num encontro com o autor.

Além da apresentação do livro Islâmicos 14:38 - uma viagem extasiante ao mundo islâmico em Portugal e da sua recente produção artística baseada no poder das palavras, o autor estará disponível para abordar com os alunos temas relacionados com a cultura islâmica.

O livro estará à venda, no dia do encontro, por 10€.

Mais informações sobre o autor e sobre o livro em:


terça-feira, 7 de janeiro de 2020

Maratona de cartas 2019
Sarah Mardini e Seán Binder: 25 anos de prisão por salvarem vidas?

Na Grécia, como noutros países da Europa, salvar vidas pode dar prisão. Aconteceu a Sarah Mardini, de 24 anos, e a Seán Binder, de 25, quando se voluntariaram como socorristas para uma organização em Lesbos. O seu trabalho era encontrar barcos em apuros no mar e prestar os primeiros socorros a quem vinha neles.

Agora estão acusados de “espionagem”, “tráfico humano” e “pertença a uma organização criminosa”. Se forem considerados culpados, Sarah e Seán vão passar os próximos 25 anos na prisão, sendo que já estiveram mais de 100 dias detidos. Foram libertados sob fiança, em dezembro de 2018.

Seán vive atualmente na Irlanda. Diz que o mais assustador nem foi a prisão, mas saber que algo assim “pode acontecer a qualquer pessoa”. Nos últimos tempos, os governos estão a criminalizar quem simplesmente ajuda refugiados. Esquecem-se que tudo o que estão a fazer é salvar vidas.

O trabalho humanitário não é um crime, nem é heróico. Ajudar outros deveria ser normal. As pessoas que realmente estão a sofrer e a morrer são as mesmas que enfrentam perseguições. 
Seán Binder

Sarah, hoje na Alemanha, conhece bem o desespero das pessoas que não têm alternativa senão meterem-se num barco e embarcar numa viagem demasiado perigosa. Em 2015, ela própria escapou à guerra na Síria atravessando o mar Egeu num barco que quase se afundou. Ela e irmã, nadadora olímpica, ficaram conhecidas em todo o mundo porque “rebocaram” o barco a nado até Lesbos, salvando a vida de todas as pessoas a bordo.

Agora Sarah e Seán precisam da nossa ajuda. É altura das autoridades gregas anularem todas as acusações e reconhecerem publicamente a legitimidade destas ações humanitárias.

As pessoas que estão a salvar vidas no mar não são criminosas. Juntem o vosso nome ao apelo! Queremos um mundo onde a solidariedade não seja crime.

Assine a causa deles na página da Maratona de Cartas 2019: em https://www.amnistia.pt/maratona/ (use o código atribuído à nossa Escola: DFGB).


Maratona de cartas 2019
Marinel Ubaldo: em luta para salvar uma comunidade atingida pela crise climática

Marinel Sumook Ubaldo tinha 16 anos quando enfrentou o impacto devastador das mudanças climáticas em primeira mão. Em 13 de novembro de 2013, o tufão Yolanda (ou Haiyan), um dos mais poderosos já registados, destruiu a sua povoação, Matarinao, na província de Samar Oriental. O tufão matou 6.300 pessoas nas Filipinas e milhões perderam as suas casas.

"A resposta do governo foi inadequada", diz Marinel: os locais de realojamento careciam de serviços básicos, como água e eletricidade, e havia poucas oportunidades para as pessoas ganharem a vida. Como resultado, muitas famílias regressaram às suas casas originais, mesmo estando em áreas perigosas.

Desde o tufão, Marinel tornou-se uma corajosa ativista ambiental, dedicada a garantir que os governos de todo o mundo enfrentem as mudanças climáticas e o seu impacto em comunidades como Matarinao.

'Quero que os líderes mundiais se comprometam a minimizar a emissão de gases de efeito estufa. Quero que eles ajudem países vulneráveis, como o meu, a se adaptar aos efeitos inevitáveis ​​das mudanças climáticas'.

O governo filipino tem sido fortemente criticado por não estar a fazer o suficiente e por deixar estas pessoas a viver em condições insalubres, nas quais é difícil ganharem o seu sustento. É urgente darmos voz a estas pessoas.

Estamos com ela.

Maratona de cartas 2019
Yasaman Aryani: 16 anos de prisão por defender os direitos das mulheres

Yasaman e a sua mãe sonham com o dia em que as mulheres vão poder vestir o que quiserem no Irão. Em conjunto, para partilharem esse sonho, ousaram entregar flores numa carruagem de metro no Irão, exclusiva para mulheres, sem o lenço islâmico que é de uso obrigatório. Tudo aconteceu no Dia Internacional da Mulher, a 8 de março.

A atriz Yasaman, enfrentou as leis do Irão num corajoso ato de desobediência civil. Com a mãe, Monireh Arabshahi, caminhou com o cabelo ousadamente a descoberto enquanto distribuía flores brancas. Falou da esperança num futuro em que todas as mulheres tenham a liberdade de escolher o que vestir.

Nesse mesmo dia o vídeo tornou-se viral e um mês depois Yasaman era despedida da peça que estava prestes a estrear.

A 10 de abril, as autoridades iranianas detiveram Yasaman, mantendo-a em isolamento durante nove dias enquanto era interrogada horas a fio. A 31 de julho, poucos dias depois de Yasaman completar os 24 anos de idade e estar atrás das grades, veio o veredicto: foi condenada a 16 anos na prisão, dos quais tem de cumprir obrigatoriamente pelo menos 10. A mãe teve uma pena igual.

Os crimes? “Reunião e conluio para cometer crimes contra a segurança nacional”, “espalhar propaganda contra o sistema” e “incitar e facilitar a corrupção e a prostituição”- tudo por promover os direitos das mulheres.

A cruel condenação de Yasaman faz parte de uma ampla repressão contra as mulheres que promovem o fim das leis do uso obrigatório do véu no Irão. Desde 2018, foram presas e condenadas dezenas de defensoras de direitos humanos.

Esta é uma das causas propostas pela Amnistia Internacional para a Maratona de cartas 2019 e que nós apadrinhamos. 

Vamos assinar e apoiar quem é condenado por defender Direitos Humanos. 

Usem o código atribuído à nossa Escola: DFGB

segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

Livro do Mês - Janeiro de 2020

No mês em que se recorda as vítimas do Holocausto e tendo em consideração o lema “Ler para não esquecer” a biblioteca escolar propõe como leitura o livro de Jeremy Dronfield intitulado "O rapaz que seguiu o pai para Auschwitz : uma história real".



SINOPSE:

Viena, anos de 1930. A família Kleinmann vive um dia-a-dia pacato e tranquilo. Gustav trabalha como estofador e Tini trata da casa e dos quatro filhos: Fritz, Edith, Herta e Kurt.

Mas, com a anexação nazi da Áustria, a normalidade da vida dos Kleinmann dissipa-se abrupta e dramaticamente. Os vizinhos viram-se contra eles, o negócio de Gustav é-lhe retirado e a ameaça paira sobre toda a família de forma cada vez mais alarmante.

Gustav e Fritz são dos primeiros judeus austríacos a ser presos. Destino: Buchenwald, na Alemanha. Assim começou uma inimaginável provação - várias vezes espancados, quase mortos à fome e brutalmente forçados a construir o próprio campo de concentração em que estavam detidos. Ao longo dos horrores que testemunharam e do sofrimento por que passaram, uma constante ajudou a mantê-los vivos: o amor entre pai e filho.

Quando Gustav recebeu ordem de transferência para Auschwitz, uma sentença de morte certa, Fritz viu-se perante um dilema: deixar o pai morrer sozinho ou ir com ele...

Fica aqui uma pequena nota sobre o autor:


Jeremy Dronfield nasceu no País de Gales. Doutorado em Arqueologia, em Cambridge, é biógrafo, historiador e romancista.

O seu primeiro romance, The Locust Farm, esteve na shortlist do Prémio John Creasey Memorial para primeiras obras de policial.

Saiba mais sobre Jeremy Dronfield >>