segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

O livro eletrónico dez anos depois
Uma revolução que nunca chegou



 No início de 2010, o mundo parecia estar preparado para uma revolução do livro eletrónico. Dez anos depois, as vendas estabilizaram, correspondendo 20% a livros eletrónicos e 80% a livros impressos.

O Amazon Kindle, lançado em 2007, incorporou efetivamente os e-books. Em 2010, ficou claro que os e-books não eram apenas uma moda passageira, mas que tinham vindo para ficar. Pareciam preparados para ser uma tecnologia disruptiva para a indústria editorial. Os analistas previam com confiança que os millennials iriam acolher os livros eletrónicos de braços abertos, abandonando os livros impressos e que as vendas continuariam a aumentar, para ocupar cada vez mais espaço no mercado e que o preço dos livros eletrónicos continuaria a cair e o mundo editorial mudaria para sempre.

Porque é que os nativos digitais, a geração Z e a geração do milénio têm tão pouco interesse nos livros eletrónicos? “Eles estão sempre ligados, vivem nas redes sociais, mas, quando se trata de ler um livro, fazem-no em papel."

Quem são as pessoas que realmente compram livros eletrónicos? São principalmente os boomers. “Os leitores mais velhos são os que mais gostam de ler digitalmente”, diz Albanese. “Eles não precisam de ir à livraria. Podem aumentar o tamanho da fonte. Para eles, o novo formato é conveniente.”

Os livros eletrónicos não só se vendem menos do que todos previam no início da década, como também custam mais do que se pensava e, por vezes, até mais do que o seu equivalente impresso.

Então o que aconteceu? Porque falhou a inevitável revolução dos livros eletrónicos?


Referência: 
Grady, Constance, O livro electrónico dez anos depois, uma revolução que nunca chegou. Vox, 2019. (Em linha) (Consult. 13.01.2020) Disponível em https://www.vox.com/culture/2019/12/23/20991659/ebook-amazon-kindle-ereader-department-of-justice-publishing-lawsuit-apple-ipad

Sem comentários:

Enviar um comentário