No dia 3 de setembro de 2013 abriu portas ao público, na cidade britânica de Birmingham, a maior biblioteca pública da Europa, que poderá ser um novo destino turístico na região central de Inglaterra.
Localizada a cerca de 2 horas de Londres, esta biblioteca deve atrair 3, 5 milhões de visitantes, por ano, que podem beneficiar de um espólio monumental (o maior acervo público do Reino Unido, constituído por 1 milhão de volumes impressos, desses 400 000 estão disponíveis ao público), de condições de estudo e leitura em espaços com diferentes configurações, de palestras, de wi-fi gratuito, de dois jardins suspensos, de um anfiteatro ao ar livre, de uma área musical e da biblioteca infantil, além de uma sala exclusivamente dedicada a William Shakespeare, que contém 43 000 livros.
Esta biblioteca tem ainda um número significativo de coleções não só nacionais, mas também internacionais como os arquivos Boulton e Watt. Destaca-se ainda o arquivo Bournville Village Trust, a coleção de livros infantis Parker, a coleção de bilhetes de transporte Wingate Bett, a recolha fotográfica Warwickshire e o arquivo do “British Institute of Organ Studies”.
Desenhada pelos holandeses da Mecanoo, o prédio de 10 andares, com 31 000 m2 de área, faz parte do plano de renovação desta antiga cidade industrial inglesa, constituindo uma referência arquitetónica e cultural para outras grandes bibliotecas no velho continente, pois já foi descrita como a maior biblioteca pública do Reino Unido e o maior espaço cultural da Europa.
Esqueça assim a imagem de livros de páginas amareladas, acumulados em prateleiras poeirentas. Combinando arquitetura, inovações, património e raridades shakespearianas, esta biblioteca redefine o conceito de local de conhecimento, conforme assume o seu diretor, Brian Gambles, que referindo-se à Biblioteca de Birmingham diz “é sobretudo um local de transformação: sobre como temos transformado a vida das pessoas, com educação, e como adaptar uma biblioteca para a era digital”.
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