quinta-feira, 13 de maio de 2021

Livro do Mês - Maio de 2021

O livro eleito como proposta de leitura do mês de maio foi escrito por Tahar Ben Jelloun e intitula-se "De olhos baixos".



"Com 'De olhos baixos', livro-parábola sobre a inocência e sobre a difícil condição da mulher, o autor instala uma atmosfera da maior delicadeza e do encanto mais magoado, na procura e descoberta de um tesouro, que tanto é metáfora da deambulação e do conhecimento como o encontro de alguém consigo próprio.

Emigração, confronto de culturas, a dor e a esperança no lastro dos acontecimentos - uma história muito humana com uma grande riqueza e variedade de tons. Na amarga penúria de uma aldeia do sul de Marrocos, uma rapariguinha defronta-se com a tia, incarnação do mal, descobre a crueldade, sonha com o pai que partira para trabalhar em França e traz consigo um indizivel segredo, deixado pelo bisavô: o do tesouro escondido e que só ela em nome da aldeia poderá descobrir.

'De olhos baixos', é um grande e amplo romance da maturidade de um escritor na posse de todas as faculdades. Um espirito universal, generosos e aberto passa por este livro estremecido da mais sensível carga poética, omde o desenraizamento, o exílio e a procura são tratados com uma profundidade inultrapassável."
(In: badana)


Fica aqui uma pequena nota sobre o autor:

"Tahar Ben Jelloun é um escritor francófono de origem marroquina, que partilha a sua vida entre Paris e Tânger. Curioso da sociedade e do mundo que o rodeia publicou vários romances, novelas, contos, poemas, ensaios e obras de arte sendo também cronista regular de jornais franceses, espanhóis e italianos. Nasceu em 1944 em Fez e ensinou Filosofia no seu país natal. Exilou-se em França, em 1971. Obteve inúmeros títulos honoríficos, prémios e distinções internacionais, entre os quais o prestigiado prémio francês Goncourt pelo seu romance A noite sagrada, em 1987, e o prémio internacional Impac, em 2004, com a obra Uma ofuscante ausência de luz. Mais recentemente, o seu papel de intelectual interventivo foi reconhecido pela atribuição, entre outros, do prémio das Nações Unidas para a Paz, em 2006, ou do prémio para a Paz da Fundação Ducci, em 2009".
(In: Wook)

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