sábado, 15 de outubro de 2022

Agustina (1922-2022) | Colóquio

Agustina. O riso de todas as palavras

Colóquio comemorativo do centenário de Agustina Bessa-Luís




Agustina Bessa-Luís nasceu a 15 de Outubro de 1922, em Vila Meã, Amarante. Assinalar o centenário do nascimento de uma escritora que, no dizer de Álvaro Manuel Machado, foi – e continua a ser – “exemplo de solitária grandeza”, equivale a compreender os caminhos percorridos pela ficção portuguesa contemporânea, assim como a acompanhar algumas das muitas faces assumidas pelo século XX português, século que, pelas suas riqueza, diversidade e inconstância políticas, económicas, sociais e culturais, podia bem ser (e tantas vezes tem sido) personagem de romance. Tudo isto, para além do que é já do domínio do óbvio e do consensual: Agustina Bessa-Luís criou uma obra singular, inconfundível, impossível de delimitar e difícil de definir por não haver palavras que signifiquem o suficiente para tal. Eduardo Lourenço sintetizou-a como poucos ao afirmar que “imagem alguma existe, em Língua Portuguesa, que possa comparar-se ao que a obra de Agustina vai desenrolando diante de nós, tapeçaria voltada para o dia e não para a noite como a de Penélope”. Faz, por isso, sentido chamar a um colóquio que celebra Agustina e a sua obra “o riso de todas as palavras”, excerto de Maria Agustina, a trânsfuga, de Maria Velho da Costa. É o riso do espanto e da sabedoria, o riso da infância e da ancestralidade, mas também o do humor, da ironia e de um certo desdém; é, em suma e para se regressar ao texto de Maria Velho da Costa, o riso de quem “triunfa, menina total e raciocinante”

— Inês Fonseca Santos
A autora escreve segundo o antigo acordo ortográfico.

No âmbito deste colóquio será apresentada a exposição Reflexos duma luz, que reúne dez ilustrações de personagens femininas de diferentes obras de Agustina Bessa-Luís, por dez ilustradores – Alain Corbel, Cláudia R. Sampaio, João Fazenda, João Maio Pinto, Luis Manuel Gaspar, Mantraste, Pedro Lourenço, Sebastião Peixoto, Susa Monteiro e Tiago Manuel.

PROGRAMA

10:00 / Abertura


Guilherme d’Oliveira Martins
Inês Fonseca Santos
Mónica Baldaque

10:30 / “O riso de todas as palavras”


António M. Feijó
Clara Ferreira Alves
Pedro Mexia

Moderação: Susana Moreira Marques

— PAUSA PARA ALMOÇO —

14:30 / “O rio da infância”


Rita Taborda Duarte
José António Gomes

Moderação: Sara Figueiredo Costa

— PAUSA PARA CAFÉ —

16:30 / Mulher: “ser completo, princípio e fim”


Mísia canta “Garras dos Sentidos” de Agustina Bessa-Luís
Acompanhada pelos músicos Bernardo Romão (guitarra portuguesa) e João Filipe (viola)

Maria João Seixas
Catherine Dumas

Moderação: Clara Pinto Caldeira

— PAUSA PARA CAFÉ —

19:00 / Leitura encenada A Ronda da Noite


Criação de João Sousa Cardoso, com Ana Deus

Local: 
Fundação Calouste Gulbenkian
Auditório 2

Data: 18 de outubro / 10H00 - 20H00

Entrada livre

Transmissão:
O evento será transmitido em direto e disponível aqui


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