“That's one small step for a man, one giant leap for mankind”. A frase de Neil Armstrong ao pisar o solo lunar sintetiza o sucesso da missão da Apollo 11, que coloca os Estados Unidos na frente da corrida espacial, iniciada 12 anos antes pela União Soviética, com o lançamento do primeiro satélite artificial, o Sputnik 1, em 4 de outubro de 1957. A competição entre as duas potências só terminaria em julho de 1975, com o projeto cooperativo Apollo-Soyuz.
Instituída por Eisenhower em 29 de julho de 1958, a NASA (National Aeronautics and Space Administration) passou a tutelar o programa espacial norte-americano, aplicando o seu assinalável orçamento na pesquisa científica e tecnológica. Em 1961, lança o Programa Apollo, com o objetivo de colocar o Homem na Lua. O compromisso assumido pelo presidente John F. Kennedy num discurso histórico, na Rice University, em 25 de maio de 1961, referia como meta colocar o homem na Lua e trazê-lo de volta, em segurança, até ao final da década.
E assim foi. Ao abrigo deste programa, entre 1968 e 1972, realizaram-se 11 missões tripuladas, 6 das quais concretizaram a alunagem, e colocando 12 astronautas a caminhar em solo lunar. A primeira a cumprir esse objetivo foi a Apollo 11, a bordo da qual seguiam os astronautas Neil A. Armstrong, Buzz Aldrin e Michael Collins. Armstrong e Aldrin tornaram-se, assim, os primeiros homens a caminhar na Lua.
O lançamento aconteceu no dia 16 de julho de 1969, da Plataforma 39A do Centro Espacial John F. Kennedy, na Florida, às 13h32min00s UTC; a alunagem aconteceu no dia 20 de julho, às 20h17min40s UTC; o regresso à terra aconteceu no dia 24 de julho, com a amaragem a acontecer no Oceano Pacífico, às 16h50min35s UTC.
Foi um total de 8 dias, 3 horas, 18 minutos e 35 segundos vividos com entusiasmo, ansiedade e expetativa, aos quais se seguiram os dias de quarentena ao qual os astronautas ficaram obrigados. A televisão desempenhou um papel decisivo no acompanhamento da missão. Mas os jornais deram também um valioso contributo, com a Apollo 11 a ocupar, durante todo esse período, as primeiras páginas, deixando-nos um registo diário que o convidamos a revisitar, 50 anos depois. Já as revistas, acolheram nas suas páginas foto-reportagens e artigos de fundo que fixam esse momento histórico da conquista do espaço.
Desta história, já tantas vezes contada, recuperamos um facto que, se na altura teve o seu destaque, caiu certamente no esquecimento: Maria Isilda Ribeiro, portuguesa, de 23 anos, emigrada nos Estados Unidos, em New Jersey, bordou e fez os acabamentos na bandeira norte americana que ficou, na Lua, a assinalar a presença humana (Flama, 1 de agosto de 1969, p. 40).
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Texto retirado da Hemeroteca Digital (Em linha) (Consult. 16.07.2019) Disponível em http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/efemerides/apollo11/apollo11.htm
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