Na madrugada do dia 28 de fevereiro de 1969, precisamente às 3 horas e 41 minutos, o país era
abalado por um sismo com a magnitude assinalável de 7,3 na escala de Richter. Na verdade, foi o
sismo de maior magnitude registado em Portugal e na Europa desde 1900 até à atualidade.
No dia seguinte, o fenómeno fez primeira página em todos os jornais, ilustrados com imagens da
destruição que, se "fez tremer o solo do Algarve até ao Minho", teve no extremo sul do país as
consequências mais gravosas, chegando a "riscar do mapa" aldeias inteiras. Logo no dia 2 de
março, o Engenheiro Rui Sanches, Ministro das Obras Públicas, deslocava-se ao Algarve para
avaliar a situação, no que foi secundado pelo Presidente do Conselho, Marcello Caetano, no dia 7.
No balanço de perda de vidas humanas, ficaram registadas 13 mortes, apenas 2 das quais em
consequência direta do sismo. O pânico da população, alimentado por réplicas de menor
intensidade, adiou o regresso à normalidade, levando a que muitas famílias passassem a
madrugada de 1 de março nas ruas.
Em Lisboa, um dos edifícios mais afetados foi o Hospital de São José, cuja situação foi sendo
acompanhada nos dias seguintes. Em paralelo, a imprensa abre espaço ao debate sobre a
segurança (nomeadamente construção anti-sísmica) e a eficácia nas respostas em situação de
catástrofe.
Da compilação de todas estas matérias resultou o dossier digital que assinala os 50 anos decorridos sobre o fenómeno. Dossier que resulta de um trabalho em
parceria entre a Hemeroteca Municipal de Lisboa, o Centro Europeu de Riscos Urbanos e a
Sociedade Portuguesa de Engenharia Sísmica, com colaboração do Instituto Português do Mar e
da Atmosfera.
Consulte o dossier digital aqui
Fonte: Consulte o dossier digital aqui
Hemeroteca Municipal de Lisboa
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