segunda-feira, 30 de outubro de 2023

Livraria Solidária "Heróis com capa"



No sábado, dia 28 de outubro, abriu portas, em Linda-a-Velha, a Associação solidária Heróis com capa. Esta livraria solidária deu lugar à anterior Book-A-Wish que tinha nascido de um projeto que estava relacionado com a causa que os responsáveis apoiavam, a fundação Make-A-Wish.

A reabertura da livraria com um novo nome e muitas novidades prende-se com o desejo de apoiar outras causas, para além da Make-A-Wish. A livraria pode ser visitada, por enquanto, no Tribus Estúdio d’Arte, no número 3 da Calçada Chafariz, em Linda-a-Velha, todos os sábados, entre as 14h30 e as 18h30. Por lá, estarão as madrinhas e os voluntários da Heróis com Capa, a receber todos aqueles que queiram comprar ou doar livros. Uma equipa que se dedica de corpo e alma a este projeto, que se mantém fiel à sua essência.

Os responsáveis pela Associação afirmam que aceitam todo o tipo de livros. Desde adultos a infantis. Contemporâneos ou mais antigos. Assim, nesta livraria encontra de tudo um pouco e de acordo com o género que goste mais de ler: policiais, romances, livros de viagens, de História e Ciência, infantis e juvenis, entre muitas outras categorias - todas bem identificadas. Os livros em segunda mão ganham, assim, uma nova vida. Pelo meio, funcionam como agentes para apoiar boas causas, enquanto promovem a reutilização dos mesmos. 

Os valores, quase simbólicos, são revertidos para fundações e instituições que a Heróis com Capa decida ajudar.

Além disso, a livraria quer também promover e acolher eventos relacionados com a literatura e atividades socioculturais, que aproximem as pessoas entre si, e dos próprios livros. É com este propósito que a Heróis com Capa vai passar a receber os encontros do Clube de Leitores Solidários, “Mais que Palavras”, organizado por Sara, uma das voluntárias da livraria, que criou uma página no Instagram para partilhar as suas leituras. 

O primeiro encontro vai acontecer na manhã de quarta-feira, dia 1 de novembro. As inscrições já se encontram esgotadas (com mais de 100 inscritos), mas não se preocupe, porque vão acontecer mais encontros, no futuro. A ideia é organizar quatro por ano (um em cada estação), com a presença de convidados especiais, como escritores, editores, etc, e pôr os leitores a partilhar e conversar sobre as suas leituras. 

O tema deste primeiro encontro é “Livros escritos por mulheres portuguesas”. O grupo convidado é o Clube das Mulheres Escritoras, representado por: Filipa Fonseca Silva, Joana Kabuki, Lénia Rufino, Lídia Praça, Mafalda Santos, Maria Bravo, Maria Francisca Gama, Rita da Nova e Rosabela Afonso.

O Clube dos Leitores Solidários terá, como todas as iniciativas, um cariz solidário e, neste caso, a contribuição é para a Associação Acreditar, com o objetivo de angariar fundos necessários para atribuição de bolsas de estudo a jovens com doenças oncológicas, cujas famílias estejam com dificuldades financeiras.

Será assim nos eventos que a livraria vai realizar no futuro, ou seja, no momento da inscrição do mesmo, será feito um donativo e os participantes irão receber um vale. No dia do evento, poderão trocar esse vale por livros em segunda mão disponíveis no espaço. 

Acompanhe o trabalho da Heróis com Capa através do Facebook e do Instagram. O Natal aproxima-se e oferecer livros é sempre uma ótima ideia.

Local: Tribus Estúdio D’Arte
Calçada Chafariz nº3, 2795-061 Linda-a-Velha.

Horário: sábado, 14h30-18h30 (pode sofrer alterações)

Fonte: 
BARATA, Sandra Pinto. A livraria mais solidária do concelho de Oeiras reabriu com novidades e um novo nome. New in Oeiras, de 29.10.2023. Disponível em https://newinoeiras.nit.pt/cultura/a-livraria-mais-solidaria-do-concelho-de-oeiras-reabriu-com-novidades-e-um-novo-nome/

sexta-feira, 27 de outubro de 2023

A Liberdade não é um quiz


O Museu do Aljube Resistência e Liberdade desafia-te a explorar a história da resistência à ditadura e da luta pela liberdade em Portugal.

Participa no jogo A Liberdade não é um quiz e se conseguires responder corretamente às 10 perguntas, ganhas uma entrada grátis no Museu!

Clica na imagem para acederes ao jogo e boa sorte!

A Vida Social das Coisas

É através da memória das «coisas», que narram na primeira pessoa tudo aquilo que testemunharam, que honramos todas e todos aqueles que lutaram pela liberdade. É desta ideia que parte o recurso educativo A Vida Social das Coisas que reúne um conjunto de textos, ilustrações e áudios que dão vida a uma variada seleção de documentos históricos, numa aproximação original à história da resistência e da clandestinidade e às consequências sobre os seus protagonistas durante a Ditadura e o Estado Novo.

Este recurso inscreve-se num projeto mais vasto, que inclui a edição de um livro com o mesmo nome que está disponível para venda na loja do Museu do Aljube, escrito por Alberto Muñoz e Mundos por Dentro e ilustrado por Tiago Albuquerque e que é fruto de uma parceria entre o Museu do Aljube Resistência e Liberdade e a editora Santillana.


quinta-feira, 26 de outubro de 2023

Feira do Livro na Livraria Snob



A Snob é uma livraria focada em publicações independentes, pequenas edições com circulação reduzida, e tem na poesia uma área bastante forte que, de alguma forma, também se cruza com a edição independente e os livros de pequena tiragem. Tem depois outras áreas com livros especiais escolhidos para a livraria.

Rosa Azevedo e Duarte Pereira, responsáveis por este espaço, afirmam que este é o "local ideal para quem procura livros que não vê em mais lado nenhum ou edições raras", que também é utilizado para feiras, lançamentos de livros e outros eventos.

É precisamente uma Feira do Livro, o evento que terá lugar nos próximos dias 2, 3 e 4 de novembro, no horário de funcionamento da livraria, ou seja entre as 12H00 e 20H00.

Os livros colocados à venda serão livros-snob, mas com preços minímos e divididos em duas categorias:

- multicompra com um livro a 3€ e dois livros a 5€;

- livros a 10€ - descontos até 70%, raros, calhamaços, novos ou usados.

Visitem a Travessa de Santa Quitéria, n.º 32 A, em Lisboa.

quarta-feira, 25 de outubro de 2023

Emergência em Israel e Territórios Ocupados da Palestina


O conflito Israel-Hamas, desencadeado na madrugada do dia 7 de outubro de 2023, pelo Hamas, grupo armado palestiniano, ao disparar cerca de 5 mil rockets, a partir da Faixa de Gaza em direção do sul e centro de Israel e que incluiu ainda a incursão de milicianos armados por terra e um ataque ao Festival Nova Music bem como a inúmeras áreas residenciais, não é um facto novo na região.

O conflito tem raízes históricas e tem provocado, desde o seu início, inúmeras vítimas civis, sobretudo jovens, mulheres e crianças, de ambos os lados que merecem a defesa da comunidade internacional em prole do respeito pelos seus direitos e do respeito pelo direito internacional humanitário que considera como crimes de guerra o rapto de civis, a formação de reféns e os ataques indiscriminados e/ou deliberados às populações.

A Amnistia Internacional (A.I.) exige a proteção dos civis de todos os lados do conflito e pretende pressionar os decisores políticos e a comunidade internacional a atuarem em conformidade com os princípios dos direitos humanos, respeitando o direito internacional humanitário.

É fundamental que o governo de Israel e os grupos armados palestinianos:

✔️ Respeitem integralmente o Direito Humanitário Internacional;
✔️ Garantam a proteção dos civis; 
✔️ Abram e garantam a segurança de corredores humanitários;
✔️ Libertem e protejam os reféns; 
✔️ Procurem um acordo de cessar-fogo.

É neste sentido que a A.I. que pede o contributo da sociedade civil na assinatura da petição.

segunda-feira, 23 de outubro de 2023

Francisco Lousã: "O artificial torna-nos menos inteligentes"



Imagine que no Natal venha a estar disponível uma aplicação que lhe permite fazer a sua própria música a partir de uma mistura de alguns acordes de Sérgio Godinho e José Afonso, poemas da Garota Não e de Fausto Bordalo Dias e uns arranjos de José Mário Branco. Tudo possível ao carregar simplesmente num botão. Haverá direitos de autor que foram extorquidos? Nada daquilo será de sua lavra, mas boa sorte para quem tentar disputar em tribunal a precedência artística, será dificilmente identificável a inspiração de cada uma das componentes da mistura — e a aplicação pode fazer duas diferentes com os mesmos ingredientes em segundos. A indústria musical pode transmutar-se no futuro imediato e a produção artística pode esgotar-se nesse processo. Esta possibilidade suscita várias questões difíceis. Produção e meios de produção.

A primeira questão é que o meio de produção é novo. A música que sairá dessa aplicação será, ainda assim, um produto cultural, mas é uma nova forma de cultura, que eleva o pastiche, além do roubo da propriedade intelectual, a um novo patamar. A arte, neste caso, será só o simulacro da arte. Então, produzir-se-á mais não se produzindo nada e a culturas será uma forma de incultura e a inspiração uma artimanha. Para combater este risco, diversos escritores processaram as empresas que oferecem aplicações de inteligência artificial - e há hoje uma corrida nesse mercado - por terem treinado os seus algoritmos com tectos seus, sem autorização. Piratearam para ensinar um programa a piratear.

As implicações deste sistema são gerais. Antes mesmo da aplicação que estou a imaginar que finja que somos bons músicos, já há uma que permite fingir que se é um escritor, como o ChatGPT. Há já literatura escrita deste modo nas livrarias. E há um pânico nas escolas entre quem se tinha empenhado em estimular a criatividade, pedindo aos alunos que escrevessem ensaios, investigassem e fundamentassem uma opinião, em vez do exame de cruzes. Tudo isso acabou, passou a ser indistinguível um trabalho sério e um ficheiro cuspido por um algoritmo. O sistema de ensino readaptar-se-á recuando ao tempo da chamada oral. Produção e regulação.

A segunda questão é o próprio modo de produção. A sociedade moderna regula a forma de construir um automóvel ou outra máquina: há materiais aceitáveis e outros recusados, os processos são patenteados e verificáveis. Em contrapartida, produzem-se agora algoritmos inverificáveis, o meio de produção cultural do século XXI. Aplicados à criação de artefactos, sejam textos ou músicas, ou jogos, o seu modo de tomar decisões não é escrutinável: é como se fossemos proibidos de saber como funciona a caixa de velocidades do automóvel. O que tem sido mais discutido é como este algoritmo gera comunidades autocentradas e recompensa a escalada da agressividade emocional, de que os discursos de ódio são felizes utilizadores. De facto, a hipercomunicação impede os modos conhecidos de intermediação, supera em rapidez qualquer tentativa de confirmação ou desmentido, e é direccionável por uma caixa negra que, ao contrário dos outros meios de produção que existem na sociedade moderna, é extra-legal e portanto está acima do alcance da regulação. Mas há outra das suas facetas que começa a merecer atenção: a ambição de nos absorver num mundo virtual que ocupe a nossa vida, desde crianças (no Reino Unido, um quarto das crianças até aos 4 anos tem o seu aparelho para ver streaming). O projeto Metaverso esmoreceu, mas foi só o primeiro lance deste jogo.

E, na verdade, a imersão na colmeia digital já conseguiu resultados potentes. A vida virtual é uma ansiedade, altera-nos a noção de tempo, promove a multiplicidade de tarefas e impõe a necessidade de uma sociabilidade reconfortante pela trivialização da comunicação permanente. 

Na base dessa transição está a colonização da nossa capacidade de leitura e de concentração. A University College de Londres concluiu agora um estudo de cinco anos sobre os hábitos de leitura, a partir do registo das pesquisas feitas por milhões de utilizadores em duas grandes bibliotecas que oferecem acesso a jornais, textos online e outros recursos digitais. A conclusão é esmagadora:  os leitores já não leem, saltitam, ou seja, são conduzidos pelo algoritmo. Usam uma página ou duas de uma fonte, seguem para outro texto e isto "são sinais de uma nova forma de leitura em que os utilizadores buscam horizontalmente através de títulos e procuram resultados imediatos. É como se estivessem online para evitar ler no sentido tradicional", dizem os autores do estudo.

Por esta razão, a Suécia vai deixar de usar manuais escolares online, pois as crianças precisam de aprender a ler um livro. O diretor de educação da OCDE acrescenta que "quanto maior e mais frequente for a utilização da tecnologia digital na sala de aula, pior será o desempenho dos alunos (até) no teste de leitura digital". Assim, o meio de produção condiciona a nossa forma de aprender e de pensar, não só na formatação da linguagem,  como também da nossa memória e imaginação. As aplicações que parecem oferecer-nos um produto cultural, enganando os nossos amigos quanto às nossas capacidades musicais ou os professores quanto ao estudo, estão de facto a mudar o nosso padrão de atenção e a nossa capacidade de expressão.

A inteligência artificial está a mudar a humanidade tornando-a mais estúpida.

Francisco Lousã (opinião)

Fonte:

sexta-feira, 20 de outubro de 2023

#BOOKTOK: o fenómeno mundial que tornou o livro numa tendência e conquistou as livrarias

Com certeza já terá ouvido falar do termo booktok ou bookstagram, fenómenos digitais que invadiram Portugal no início de 2020. Tratam-se de subcomunidades presentes nas redes sociais Tiktok e Instagram, direcionadas para os livros e para a leitura. Nestas plataformas, os utilizadores debatem, partilham as suas opiniões sobre livros e fazem as suas recomendações literárias.

A verdade é que os números não enganam e a hashtag #booktok conta com mais de 186 mil milhões de visualizações em todo o mundo chegando, todos os dias, a milhares de novos utilizadores. Segundo um estudo desenvolvido pelo WordsRated, 48% dos utilizadores do Tiktok norte-americanos passaram a ler mais livros após o contacto com o Booktok. O mesmo estudo indica ainda que o Tiktok contribuiu para a venda de cerca de 20 milhões de livros em 2021, o que representa 2,4% face ao total de livros vendidos nesse ano. Um caso de sucesso que adveio deste fenómeno foi o livro Isto Acaba Aqui da autora Colleen Hoover: originalmente publicado em 2016, o livro era praticamente desconhecido até o Tiktok o transformar no livro de ficção Young Adult mais vendido de 2021. Em tradução direta, o termo Young Adult quer dizer jovem adulto e refere-se a um género literário emergente, destinado ao público compreendido entre os 15 e 29 anos. A plataforma viralizou as obras de Colleen Hoover de tal forma, que a autora passou a dominar completamente o mercado do género romance, sendo a responsável por mais de 48% das vendas deste género literário em 2023 aumentando, nos últimos 12 meses, as vendas dos seus livros em 316%.

O fenómeno no território nacional: #booktokportugal é uma realidade

AS REDES SOCIAIS VIERAM TORNAR A LEITURA MAIS ACESSÍVEL E MAIS AFASTADA DAQUELA IDEIA ACADÉMICA DE QUE O LIVRO TEM DE SER UMA FONTE DE EDUCAÇÃO EM DETRIMENTO DE UMA FONTE DE ENTRETENIMENTO"

Desengane-se se pensa que este fenómeno não invadiu já o território português: a hashtag #booktokportugal conta com cerca de 128 milhões de visualizações e os livros que por lá viralizam têm inundado as livrarias portuguesas.

Os jovens estão na internet, é aí que recebem grande parte da informação que consomem. Quando os livros chegaram às redes sociais e chegaram a uma geração pouco ou nada cativada para a leitura, o resultado, mesmo que tivesse sido mais modesto em Portugal, já teria feito diferenças enormes face ao nosso panorama”, afirma a escritora, e fundadora do Book Gang, um clube do livro digital, Helena Magalhães.

A verdade é que, apesar de os efeitos serem de menor expressão quando comparados com outros países, alguns dados estatísticos evidenciam um aumento da percentagem de jovens leitores em Portugal: segundo um estudo realizado pela GFK, os jovens entre 15 e 35 foram os que mais compraram livros no último ano. Os resultados da Feira do Livro de Lisboa de 2023 também revelam dados animadores: dos quase 900 mil visitantes, estima-se que 59% dos visitantes tinham menos de 34 anos, e 33% idades compreendidas entre 18 e 24 anos.

Mas o que leem os jovens, afinal? A resposta parece ser consensual: “Os jovens procuram livros que reflitam o mundo onde eles vivem”, explica Helena Magalhães. Mariana Nunes, booktoker e bookstagramer conhecida comumente por chroniclesofmariana, corrobora a ideia: “Os jovens procuram leituras que os façam sentir, sentir emoções e sentir que são ouvidos, procuram sobretudo respostas para as suas perguntas e sobre temas que ainda são muito tabu: sexualidade, saúde mental, racismo.”

Temáticas como a emancipação feminina, relacionamentos abusivos e identidade de género estão muito presentes nos livros-tendência entre os jovens leitores. “São faixas etárias que estão muito sintonizadas, ou tentam estar sintonizadas com aquilo que os rodeia. O livro passou a ser um meio de aceder, possivelmente, a respostas de muitas perguntas e, curiosamente, muitas vezes através da ficção”, diz-nos Pedro Sobral, presidente da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL).

Em plataformas nas quais o formato predileto dos seus utilizadores são os vídeos de poucos segundos, os booktokers e bookstagrammers optam por desenvolver conteúdo mais fora da caixa, visualmente apelativo:



As redes sociais vieram tornar a leitura mais acessível e mais afastada daquela ideia académica de que o livro tem de ser uma fonte de educação em detrimento de uma fonte de entretenimento. Um livro pode ser essas duas coisas, ou até não ser nenhuma. O Tiktok e o Instagram vieram aproximar o leitor dessa possibilidade”, partilha com o SAPO Mag Elga Fontes, tradutora, e criadora de conteúdos do projeto quemmelera. “É mais relevante que os jovens entre os 15 e os 25 anos leiam livros populares, comerciais, romances, fantasias, livros que reflitam o seu mundo, as suas batalhas, as suas dúvidas, os seus medos, os seus gostos e que se sintam representados, que encontrem na leitura um escapismo e um entendimento deles mesmos”, defende a escritora Helena Magalhães.

Das redes sociais às prateleiras das livrarias: as tendências já mexem no mercado editorial

São precisamente os jovens que, em Portugal, estão a impulsionar o mercado editorial, transportando o fenómeno digital para as livrarias espalhadas pelo país, que já contam com secções dedicadas aos livros que viralizam nas plataformas digitais. “Tivemos um mercado estagnado durante anos, as editoras estavam exclusivamente centradas no leitor de 50 anos – que era quem mais consumia livros em Portugal – e, desta forma, publicar livros para esse público era o menos arriscado. As mudanças que surgiram nos últimos três anos através das redes sociais transformaram o mercado e as editoras começaram a adaptar as suas linhas editoriais para responder à procura acentuada por literatura Young Adult”, explica Helena Magalhães.

Pedro Sobral, presidente da APEL, reconhece a transformação do mercado editorial português e evidencia o trabalho que as editoras têm desenvolvido em conjunto com os influencers que se dedicam à criação de conteúdos literários: “No momento em que se percebeu que havia um grande impacto dos livros que estavam a ser descobertos nestas redes sociais, o mercado editorial adaptou-se muito rapidamente. O mercado percebe que há aqui, acima de tudo, uma fonte de promoção de certo tipo de livros e atua rapidamente. Ou editamos em português ou também trabalhando com as próprias redes sociais e com os booktokers e bookstagrammers, para obviamente depois alavancar ainda mais essa promoção e essa visibilidade dos seus livros.”

Um grande exemplo da influência que os criadores de conteúdo têm exercido sobre o mercado editorial remete a 2020, e é uma história que foi partilhada com o SAPO Mag pela booktoker e bookstagrammer Mariana Nunes (@chroniclesofmariana), que conta com 22.9 mil seguidores no Tiktok e 59,8 mil seguidores no Instagram: “O livro Caraval de Stephanie Garber foi publicado em português em 2018 pela Editorial Presença. Eu li o livro em 2020, em plena pandemia, e adorei! Quando percebi que a editora não tinha traduzido os restantes dois livros da saga fiquei muito transtornada e chateei imenso a editora para que publicassem os restantes. Lancei uma petição, que em cerca de três dias já contava com 1000 assinaturas, e incluí Caraval no meu clube do livro virtual, para que todos os meus seguidores o lessem. A obra teve um boom tão grande que a editora acabou por traduzir os dois livros que faltavam. Foi muito engraçado e gratificante ver tanta gente junta a lutar por um objetivo comum que acabou por se concretizar.



Este é um dos inúmeros exemplos que demonstram a influência que as redes sociais e os criadores de conteúdo têm exercido sobre o mercado editorial. Com a capacidade de comunicar com as massas de forma rápida e eficiente, as editoras têm trabalhado em conjunto com vários criadores de conteúdo, não só a nível de comunicação e promoção, mas também no que diz respeito à curadoria editorial. “Hoje somos [criadores de conteúdo] muito mais ouvidos. Antes, um livro saía lá fora e demorava imenso tempo até ser publicado em Portugal. Hoje em dia, o mercado está muito mais atento e atua mais rápido”, reconhece Mariana Nunes.

Vejamos como este fenómeno se traduz no top de vendas de livros em Portugal: no ano passado, em 2022, o top da Fnac foi completamente dominado por títulos que viralizaram nas redes sociais. À semelhança do panorama mundial, em Portugal, a escritora Colleen Hoover dominou o top de vendas com três dos seus títulos mais conhecidos: Isto Acaba Aqui, Isto Começa Aqui e Amor Cruel, que ocupam a primeira, a quarta e a sexta posição respetivamente. As obras Amor e Gelado de Jenna Evans Welch e A Hipótese do Amor de Ali Hazelwood, também com o selo do #booktok, marcam a sua presença no top ocupando o quinto e décimo lugar respetivamente. Este ano a tendência mantem-se, os livros que têm viralizado nas plataformas digitais têm dominado o top de vendas: A Criada e O Segredo da Criada de Freida McFadden abrem o top, e as obras Isto Acaba Aqui e Isto Começa Aqui continuam, mesmo um ano depois, como dois dos títulos mais vendidos.

Apesar da tendência, ainda há um longo caminho a percorrer

É muito animador perceber que hoje em dia já temos muitos portugueses, nomeadamente mais novos, a comprar livros para os ler, porque antes do confinamento, a esmagadora maioria dos livros que eram comprados em Portugal eram para oferta, isto é, o livro trabalhava no gift market, não era propriamente neste mercado de entretenimento, conhecimento, cultura, etc”, constata Pedro Sobral.

Apesar dos resultados animadores nestes dois últimos anos no mercado editorial e livreiro, é importante não esquecer que, em 2022, segundo um estudo realizado pelo INE, 58,1% da população portuguesa não leu um único livro. “Nós somos o segundo ou terceiro país da Europa com piores índices de leitura da União Europeia. E, obviamente, ainda partimos de uma base baixa muito grande, ainda há muito a fazer”, relembra Pedro Sobral. “E é por isso que tenho alertado muito para a necessidade de medidas estruturais que permitam fixar este aumento de jovens leitores. Estas medidas estruturais passam por muita coisa, há muitas variáveis e muitas peças móveis. Passa por analisar como  as obras literárias são dadas em salas de aula, pelo próprio Plano Nacional de Leitura, por uma lei de preço fixo mais adequada àquilo que são as novas exigências do mercado e a forma como o mercado evoluiu; pela execução do cheque-livro, que pode trazer a muitos miúdos de 18 anos a possibilidade de comprar livros e de experienciar a compra de livros em livraria. Passa também pelo reforço dos orçamentos das bibliotecas, pela capacidade de os poderes públicos e a própria sociedade civil entenderem que o livro não é um bem de luxo, mas é um bem tão essencial como, por exemplo, o cabaz de compra que agora teve IVA zero. Estes problemas estruturais têm de ser concertados entre as instituições públicas, gente da sociedade civil e com os próprios leitores. Em Portugal, ainda funcionamos muito na lógica de que temos de ser um país desenvolvido, um país economicamente evoluído para ter índices de leitura elevados e não, é exatamente o contrário”, declara Pedro Sobral ao SAPO Mag.

Mas será esta tendência uma moda? Quais as perspetivas do futuro da leitura em Portugal? Helena Magalhães prevê um futuro positivo: “Eu acredito que é algo que veio para ficar porque esta geração que é agora cativada será composta por futuros adultos apaixonados pela leitura. E os livros, e a arte no geral, estão sempre em constante mutação e adaptação. O que prevejo é que provavelmente este boom dos romances Young Adult e romances pop irá começar a abrandar porque chegará a uma saturação e outros fenómenos irão chegar. Todos estes jovens que se interessam pela leitura através dos mesmos livros, graças ao TikTok e ao Instagram, mais cedo ou mais tarde vão acabar por começar a descobrir outros e a explorar o mundo da literatura. E é assim que se criam leitores.”

Fonte:
CAETANO, Ana. #BOOKTOK: o fenómeno mundial que tornou o livro numa tendência e conquistou as livrarias. SAPO MAG, 17 Out.2023. Disponível em https://mag.sapo.pt/showbiz/artigos/booktok-o-fenomeno-mundial-que-tornou-o-livro-numa-tendencia-e-conquistou-as-livrarias__trashed

quinta-feira, 19 de outubro de 2023

Retrato da população portuguesa na educação, aprendizagem ao longo da vida e participação em atividades culturais, em 2022


O Instituto Nacional de Estatística (INE) revelou os resultados do Inquérito à Educação e Formação de Adultos (IEFA)2022, que faz um retrato da população residente, dos 18 aos 69 anos, em matéria de educação, formação e aprendizagem formal e informal e na participação em atividades culturais. 

Nas suas conclusões, em traços gerais, o estudo concluiu: 

  • A proporção da população que participou, em pelo menos uma atividade de educação formal, educação não formal ou de aprendizagem informal foi 77,1%. Esta taxa diminuiu 12,9 pontos percentuais (p.p.) em relação a 2016.
  • A Aprendizagem ao Longo da Vida, que nos resultados apresentados engloba a participação em atividades de educação formal ou não formal, abrangeu 45,6% da população, sendo, sobretudo, a população mais jovem e a mais escolarizada as que apresentam taxas de participação em educação e formação mais elevadas. Em relação a 2016, aquela taxa diminuiu 1,4 p.p.
  • A taxa de participação em educação formal foi 12,6%, estando muito acima daquele valor para a população inativa estudante (92,3%). Em relação a 2016, a taxa de participação em educação formal aumentou 2,3 p.p.
     
  • A taxa de participação em atividades de educação não formal foi 39,4%, verificando-se uma participação mais elevada na população ativa empregada (49,5%). Para 88,1% das pessoas que participaram em atividades de educação não formal houve pelo menos uma atividade que estava relacionada com a atividade profissional. 
  • A participação em atividades de aprendizagem informal foi 70,4% em 2022, tendo 49,3% da população dos 18 aos 69 anos identificado pelo menos uma atividade de aprendizagem informal como estando relacionada com o trabalho.
  • A proporção da população que conhecia outra língua para além da materna foi 67,5%, correspondendo o inglês à língua estrangeira mais falada (64,2%).

Respeitante à participação em atividades culturais destaca-se os seguintes aspetos:

  • Ler jornais ou revistas foi a atividade cultural com maior taxa de participação (80,5%).
  • 41,3% da população afirmou ler livros como atividade de lazer, mais 2,5% que em 2016.
  • As mulheres portuguesas preferiram ler livros (50,2% de mulheres vs. 31,9% de homens).
  • Os homens preferiram ler jornais e revistas (41,1% de homens vs. 30,3% de mulheres).
  • 1/5 da população não leu um único jornal ou revista durante o ano de 2022.
  • Dos leitores a maioria esmagadora leu até 5 livros num ano (69,5%).
  • Verificou-se uma diminuição da assistência a espectáculos públicos ao vivo, a sessões de cinema e a visitas a locais culturais, comparativamente ao estudo de 2016.

Leia na íntegra o documento >>

quarta-feira, 18 de outubro de 2023

De mão em mão até... TI!

No polivalente da ESA encontra-se a decorrer até 31 de outubro a feira do livro em segunda mão. Relembramos que nesta feira poderão adquirir livros de diversas temáticas e destinados a diferentes públicos. Todos a preços simbólicos. 

Não faltes! 

Aqui fica uma pequena exibição do que ainda poderás encontrar: 







terça-feira, 17 de outubro de 2023

4.ª edição da Feira do Livro Usado da ESA – Convite à Comunidade Educativa



No âmbito da comemoração do Mês Internacional das Bibliotecas Escolares, a Biblioteca da Escola Secundária da Amadora organiza a 4.ª edição da Feira do Livro Usado onde poderá encontrar livros a preços muito simbólicos. 

A Feira,  subordinada ao tema “Livro velho – vida nova”,  decorre no polivalente da escola, de 17 a 31 de outubro, de segunda a quinta-feira, das 13h20 às 21h30 (excepto no dia 18 de outubro). 

Nesta feira são colocados à venda livros de temas variados: Filosofia, História, Literatura, entre outros e livros de apoio ao currículo.

Durante estas semanas homenageia-se os livros em segunda mão e a leitura, porque ler é um prazer que deve ser partilhado.

O valor apurado da venda destina-se à compra de novos recursos para a biblioteca escolar.

Vem visitar.


domingo, 15 de outubro de 2023

Água | Leituras

Evocando o tema do Dia Mundial da Alimentação 2023 - Água é vida, água é alimento. Não deixar ninguém para trás - lembramos que, em alguns livros, a água é tão vital para o enredo quanto as personagens principais e, noutros, ela é a protagonista. Aqui ficam duas sugestões de livros onde, à semelhança do mundo, a água é um elemento essencial.


AUTOR: REIS, João

TÍTULO: Cadernos da água

EDITOR: Quetzal

DATA PUBL.: 2022

NOTA: Livro recomendado pelo PNL

ISBN: 978-989-722-736-3

COTA: 821.PT-311.9 REI CAD

Sara, refugiada portuguesa que escreve, num caderno, cartas dirigidas ao marido cujo paradeiro desconhece, relata o seu quotidiano, e o da filha, num campo de refugiados. É por sua voz e perspectiva que o leitor toma consciência de um mundo distópico, dilacerado pela falta de água, assolado pela doença e por uma guerra que destruiu a maior parte dos países do sul europeu, como Portugal.



AUTOR: BOCCALETTI, Giulio 

TÍTULO: Água, uma biografia

EDITOR: Desassossego

DATA PUBL.: 2022 

NOTA: Livro recomendado pelo PNL

ISBN: 978-989-903-363-4

COTA: 556.1 (091) BOC ÁGU

Este livro permite compreender o papel da água no desenvolvimento da humanidade. Como a água pode ser um fator determinante da paisagem, do clima, da história, das civilizações e seus destinos. Mais que uma biografia descritiva, é uma narrativa emocionante de uma "viagem" através do espaço e do tempo, reveladora de como a água moldou o mundo. 

Dia Mundial da Alimentação



Anualmente, a 16 de outubro, celebra-se o Dia Mundial da Alimentação, data criada pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), em 1945, visando a reflexão para a importância da alimentação, com base em quatro pilares: melhor nutrição, melhor produção, melhor ambiente e melhor qualidade de vida.

Água é vida, água é alimento. Não deixar ninguém para trás”, é o tema escolhido para celebrar o dia da alimentação em 2023, dando ênfase à importância da água como base da vida.

A agricultura consome 72% da água fresca disponível, 16% é utilizada no ciclo urbano e 12% é usada pela indústria (FAO, 2023).

O acesso à água para produção de alimentos e consumo público está ameaçado pela rápida urbanização, desenvolvimento económico e alterações climáticas. Temos de encontrar formas de produzir alimentos com menor consumo hídrico, o que implica alterações na produção, mas igualmente opções de consumo, nomeadamente, comer alimentos adaptados ao clima ou reduzir o desperdício ao longo da cadeia alimentar.

A forma como a água é usada diariamente deve ser refletida, pois, esta não deve ser considerada como um recurso garantido, deve existir consciência de que o nosso consumo e a forma como os alimentos são produzidos afetam a sua disponibilidade.

Uma dieta alimentar consciente, passa pela escolha de frutas e vegetais da estação, que geralmente necessitam de menos água para serem produzidos. Na aquisição dos alimentos, há que considerar selecionar produtos frescos que, geralmente, necessitam de menos água para serem produzidos do que os alimentos processados.

O desperdício de alimentos também significa desperdício de água, o que nos pede um melhor planeamento das refeições e o reaproveitamento das sobras em novas receitas.

Os consumidores têm responsabilidade nas escolhas que fazem diariamente.

(In: Artigo de Opinião – Rita Fernandes)


Fonte:
ANDRADE, Jorge. Dia MUndial da alimentação alerta para um planeta minguante de água e pede: “Não deixar ninguém para trás”. Disponível em https://www.sapo.pt/noticias/artigos/dia-mundial-da-alimentacao-alerta-para-um-planeta-minguante-de-agua-e-pede-nao-deixar-ninguem-para-tras
Universidade do Minho. Dia mundial da alimentação 2023. Disponível em https://www.sas.uminho.pt/arquivo/49445

Projeto Electrão



Na celebração do Dia Internacional dos Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos (REEE) os coordenadores do Projeto Electrão desafiam a comunidade escolar a redigir uma frase sobre a importância da reciclagem destes equipamentos.

Sê criativo e envia a tua mensagem para o endereço electrónico indicado no cartaz.

Participa até dia 20 de outubro.

quinta-feira, 12 de outubro de 2023

Dia Internacional dos Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos (REEE)

14 de Outubro




O Dia Internacional dos Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Eletrónicos (REEE) comemora-se com o objetivo de consciencializar a população para a questão crescente do lixo eletrónico e promover a gestão responsável destes resíduos.

Para assinalar esta data o WEEE Fórum promove todos os anos várias atividades de sensibilização para alertar a população da necessidade de encaminhar corretamente os equipamentos eléctricos usados para reciclagem.

Em 2023 o tema “Tudo o que tem uma ficha, uma bateria ou um cabo pode ser reciclado”, dá ênfase à importância dos resíduos elétricos invisíveis.

O lixo eletrónico invísivel é todo aquele que passa despercebido devido à sua natureza ou aparência, levando os consumidores a ignorar o seu potencial reciclável. Como o estilo de vida atual está cada vez mais orientado para a tecnologia, muitos produtos presentes no mercado possuem componentes elétricos ou eletrónicos. Isto significa que no final da sua vida útil, quando já não puderem ser reutilizados ou reparados, deverão fazer parte do fluxo de reciclagem de produtos eletrónicos.

Alguns exemplos deste tipo de resíduos são: brinquedos elétricos, auscultadores, controlos remotos, cigarros eletrónicos, ferramentas elétricas, detetores de fumo, wearables, dispositivos domésticos inteligentes, e-bikes e e-scooters ou simplesmente cabos.

Os pequenos produtos eletrónicos e acessórios de consumo, muitas vezes não reconhecidos como artigos eletrónicos, estão no topo da lista de produtos acumulados.

Quando os dispositivos e componentes eletrónicos são eliminados de forma inadequada, por não terem sido reconhecidos como lixo eletrónico, muitas vezes acabam em aterros sanitários ou incineradores.

Os produtos eletrónicos contêm várias substâncias perigosas, como chumbo e mercúrio que podem infiltrar-se no solo e nas fontes de água, poluindo os ecossistemas e representando riscos para a saúde humana.z«

Estes dispositivos também contêm recursos valiosos, incluindo metais preciosos como ouro, prata e cobre, que são cruciais para a transição verde e para a produção de novos dispositivos eletrónicos. Quando o lixo eletrónico não é reciclado adequadamente, esses materiais valiosos não poderão voltar a entrar no ciclo de produção e serão perdidos. A mineração e a extração de novos recursos para satisfazer a procura de produção de novos produtos electrónicos contribuem para o esgotamento de recursos finitos e intensificam os danos ambientais.

Recicle os seus dispositivos eletrónicos, coloque-os no contentor que se encontra no polivalente da ESA. 

O ambiente agradece! 


quarta-feira, 4 de outubro de 2023

Mês Internacional das Bibliotecas Escolares 2023

Outubro é o Mês Internacional da Biblioteca Escolar (MIBE), uma celebração anual das bibliotecas escolares em todo o mundo promovida pela International Association of School Librarianship (IASL).

Seguindo o mote Biblioteca escolar: o meu lugar preferido para criar e imaginar, a Biblioteca Escolar, em parceria com a Rede de Bibliotecas Escolares (RBE) , e com a colaboração dos docentes e alunos, promoverá atividades em torno da promoção da leitura.

Em Portugal, o Dia da Biblioteca Escolar assinala-se na quarta segunda-feira do mês de outubro, em 2023, dia 23/10.

Convidamos a comunidade escolar a associar-se a esta celebração mundial, participando nas diferentes iniciativas programadas.

Acompanhem as atividades através do blogue e do facebook da nossa biblioteca e das bibliotecas do Agrupamento.

Eis o nosso cartaz:

terça-feira, 3 de outubro de 2023

Livro do Mês | Outubro 2023

No mês da celebração do Dia Mundial da Alimentação selecionammos como livro do mês, desta vez uma perspectiva histórica sobre o quotidiano gastronómico dos monarcas portuguesesa, intitulada "A mesa dos reis de Portugal : ofícios, consumos, cerimónias e representações : (séculos XIII-XVIII) ", sob coordenação de Ana Isabel Buescu e David Felismino.

Fruto da união de várias áreas do conhecimento, esta obra revela as várias dimensões do ato de comer. Das complexas preparações aos custos envolvidos, passando pelas rigorosas regras de etiqueta e protocolo, conheça, através de uma narrativa clara e de fiéis reconstituições das mesas de banquete, a importância política e diplomática de que se revestiam as refeições dos nossos monarcas.

segunda-feira, 2 de outubro de 2023

AEPAP vence “Concurso 50 Listas de leitura”, promovido pelo Plano Nacional de Leitura



Com o objetivo de reforçar o fundo documental das bibliotecas do Agrupamento e proporcionar aos nossos leitores novos livros, com qualidade e diversidade, as professoras bibliotecárias inscreveram, no final do ano letivo, no mês de julho, o agrupamento no “Concurso 50 listas de leitura”, promovido pelo PNL. 

Esta candidatura tinha como objetivo fomentar a diversidade de sugestões de leitura em função dos perfis de leitores de cada escola, incluindo alunos, corpo docente e não docente. Para este efeito os professores bibliotecários tinham de propor uma lista de 100 títulos com as devidas informações bibliográficas: autor, título, editora, data de edição. 

Os títulos que integravam a lista não tinham de constar, obrigatoriamente, no catálogo do PNL e as 50 listas que melhor refletissem os critérios de seleção seriam as vencedoras. A saber: o conjunto de títulos sugeridos deviam ser para todas as idades e para todos os perfis de leitores do agrupamento; no mínimo 80% dos títulos deviam ter sido editados nos últimos cinco anos; era obrigatório as listas incluírem romance, conto, banda desenhada, álbuns, diários, memórias, teatro e poesia; ainda uma diversidade de géneros de não-ficção – biografia, reportagem, ensaio, enciclopédia, fotojornalismo, informativo, entrevista. Não podia ser esquecido, também, que as listas deviam incluir livros que representassem a diversidade de género, modelos de família, religião, tecido social; a sua diversidade gráfica – ilustração e composição tipográfica.

Colocamos "mão à obra" e submetemos a nossa proposta.

Após a publicação dos resultados verificamos que o nosso agrupamento foi um dos 50 agrupamentos /escolas não agrupadas que venceram este concurso.

Estamos de parabéns! 

Poderá consultar: